Brincadeiras Perigosas
As brincadeiras perigosas são comportamentos de risco realizados enquanto “jogos” ou “desafios” por crianças e adolescentes que podem ser de origem voluntária ou por pressão de pares.

O que são as brincadeiras perigosas

Vistas como brincadeiras entre crianças e adolescentes, essas práticas tem como objetivo a busca de uma sensação de euforia e de relaxamento. As brincadeiras abordam ainda outras formas de desafios propostas a jovens via internet e/ou entre amigos e grupos, vistas como seguras, sendo as mesmas de alto risco, agravadas pela falta de informação e conscientização das consequências.

Jogos de não-oxigenação

Esses jogos consistem em cortar a passagem de ar para o cérebro, podendo provocar uma parada cardiorrespiratória. O objetivo é a busca de uma sensação de euforia ou relaxamento, que na verdade provocam a morte de neurônios na sua prática.

Jogos de desafio e agressão

As brincadeiras perigosas abordam ainda outras formas de desafios propostas a crianças e adolescentes via TIC’s (tecnologia de informação e comunicação) podendo envolver fogo, produtos de higiene ou limpeza.

Mapa de vítimas no Brasil

Conheça os números informais no Brasil, coletados através de relatos de famílias e casos noticiados em jornais. O mapeamento dimensiona a problemática e amplia a necessidade de prevenção.

Quem participa

  • São praticados por meninos e meninas entre 4 e 17 anos, porém os meninos são mais propensos a participar em práticas de não-oxigenação;

  • Ocorrem independente da origem e classe social;

  • Acontecem de maneira similar tanto em escolas particulares como em públicas;

  • Alunos vítimas de bullying escolar estão mais propensos a ceder à pressão do grupo e praticar brincadeiras perigosas;

  • São comportamentos típicos de adolescentes: curiosidade e impulsividade;

  • Devido às sensações eufóricas e fugazes derivadas da hipóxia, as práticas de não-oxigenação podem causar dependência física e psicológica.

Sinais físicos, comportamentais e do ambiente
da prática de não-oxigenação

Sinais físicos:

  • Violentas dores de cabeça;
  • Distúrbios visuais passageiros (moscas voadoras);
  • Traços vermelhos em volta do pescoço, ou na lateral do pescoço (consequências da corda);
  • Cansaço;
  • Falta de concentração, esquecimento, perda breve de consciência, falta de memória recente;
  • Zumbidos na orelha;
  • Bochechas vermelhas (petéquia), vermelhidão nos olhos (hemorragias intraoculares).
  • Distúrbios visuais passageiros (moscas voadoras);
  • Traços vermelhos em volta do pescoço, ou na lateral do pescoço (consequências da corda);
  • Cansaço;
  • Falta de concentração, esquecimento, perda breve de consciência, falta de memória recente;
  • Zumbidos na orelha;
  • Bochechas vermelhas (petéquia), vermelhidão nos olhos (hemorragias intraoculares).

Alertas de comportamento


  • Agressividade, violência verbal e/ou física;
  • Isolamento e mudança de humor;
  • Perguntas sobre os efeitos, as sensações e os riscos de estrangulação;
  • Desorientação após passar tempo isolado e/ou associado de uso contínuo da internet;
  • Roupas de gola alta, mangas e calças compridas ou acessórios que acobertam marcas no corpo.

Alertas no ambiente:

  • Existência de um lenço, echarpe, corda ou cinto, que a criança guarda e quer guardar sempre com ela;
    ATENÇÃO: Observar o uso excessivo de desodorante aerossol e tubos vazios estocados.

Se você reconheceu algum desses sinais e precisa de um apoio ou orientação, entre em contato com a gente ou busque um especialista na região.

Como se propaga

  • Plataformas de vídeos (curiosidade, mímica de comportamento);
  • Prendas de jogos online (comportamento tóxico);
  • Grupos de desafios via aplicativo de comunicação (boatos, cyberbullying).

*Com o acesso a o mundo digital sem moderação de crianças a partir de 4 anos, os perigos se tornam maiores. As crianças não tem ainda autorregulação e desenvolvimento psíquico e maturacional para administrar a informação.

Motivações

O que leva uma criança ou adolescente a praticar?
  • Participar de um determinado grupo;
  • Aceitar desafios de pressão de pares;
  • Curiosidade por atividades ou experiências que levam à euforia (acesso à internet ensinando os jogos, como driblar os pais, apelidos, festas);
  • Falta de informação sobre os riscos ou a ideia errônea/equivocada de que se trata de um jogo inofensivo;
  • Impulsividade.

Riscos à saúde

Jogos de não-oxigenação

Hipóxia

  • Ofuscamento da visão
  • Alucinação
  • Perda da consciência completa (desmaio)
  • Perda das capacidades cognitivas
  • Espasmos convulsivos
  • Parada dos movimentos respiratórios
  • Parada cardiorrespiratória
  • Morte

Uso excessivo de telas por crianças e adolescentes

Dependência tecnológica

  • Dificuldades de socialização e conexão com outras pessoas;
  • Irritabilidade;
  • Aceleração do pensamento;
  • Problemas de saúde mental: depressão e aumento da ansiedade
  • Ciberbullying;
  • Transtorno de sono e alimentação;
  • Sedentarismo e obesidade;
  • Transtorno da imagem corporal e autoestima;
  • Problemas auditivos por uso de headphones;
  • Problemas visuais;
  • Problemas posturais;
  • (LER) Lesão do esforço repetitivo;
  • Problemas com a sexualidade, vulnerabilidade com grooming e sexting;
  • Acesso a redes de pedofilia;
  • Comportamentos autolesivos, indução e riscos de suicídio.

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