abril 2019 – Instituto DimiCuida

abril 2019

[:pt]COMPARTILHAR X EDUCAR[:]

[:pt]  Recebemos com muita tristeza, no fim de semana dos dias 6 e 7 de abril, a notícia de uma mais vítima do desafio do desodorante. Anunciado pelo jornal da TV Record, a notícia vinha com um minivídeo de adolescentes praticando o desafio em grupo. Esse vídeo segue agora sendo disseminado via WhatsApp, com uma nota de alerta que não contém nenhum material educativo. Precisamos ter uma consciência do que podemos fazer para realmente educar e alertar famílias em relação a práticas de risco disseminadas via internet. Alguns cuidados pertinentes:   1- Disseminar vídeos sem conteúdo educativo gera pânico e mais disseminação, não havendo então nenhum efeito de interrupção da prática; pelo contrário, esses vídeos chegam também aos adolescentes, que curiosamente podem tentar o desafio.   2- Repassar imagens de crianças e adolescentes fere a vida social e familiar dessas crianças, além de ter um impacto emocional incalculável. Trata-se de uma exposição de menor. Precisamos lembrar que é uma criança, que pertence á uma família e que uma vez sendo disseminada a imagem, não poderá mais ser retirada da rede. Isso pode ocasionar sérias problemáticas sócio-emocionais para a criança e sua família.   3- Pela lei, adultos podem ser responsabilizados por exposição, além de por crianças em situação de vulnerabilidade: “O Artigo 5º, X da Constituição Federal é uma regra de preservação da imagem que visa resguardar a honra e a imagem da pessoa. Nesse sentido, a Lei 8.069/90 – Estatuto da Criança e Adolescente trouxe proteção integral à criança e ao adolescente de tal forma que, não só sua integridade física fique a salvo, mas também sua imagem e identidade, direitos estes personalíssimos, considerados fundamentais e arrolados em forma de cláusula pétrea na Constituição Federal de 1988.” Alessandra Borelli – Nethics Educação Digital   4- Para um real combate às práticas de risco disseminadas pela internet faz-se necessário prudência e reflexão ao repassar conteúdo, dando preferência a notas escritas com material educativo. O Instituto DimiCuida disponibiliza uma cartilha informativa através do link abaixo, para download e distribuição física e digital: http://www.institutodimicuida.org.br/biblioteca/  [:]

[:pt]COMPARTILHAR X EDUCAR[:] Read More »

[:pt]’Deficit de natureza’ provoca problemas físicos e mentais em crianças, alerta especialista[:]

[:pt] Saem as brincadeiras no quintal, entram os apartamentos. Saem as praças e parques, entram os prédios. Saem os jogos na rua, entram os tablets e videogames. Basta um olhar rápido para perceber que nas grandes e médias cidades o contato das crianças com a natureza, em geral, vem diminuindo. E para o americano Richard Louv, autor do livro A Última Criança na Natureza, essa constatação nada tem a ver com um saudosismo barato. Mas, sim, com os impactos negativos causados pelo o que ele chama de Transtorno de Deficit de Natureza.   Em visita a São Paulo para o lançamento de seu livro, Louv contou à BBC Brasil que ele começou a se interessar pelo tema no início dos anos 90, quando fazia pesquisas para seu livro Childhood’s Future (“O Futuro da Infância”, em tradução livre). “Entrevistei mais de 3 mil pais e professores. Queria saber deles sobre como o cenário da infância estava mudando. E uma constante nos depoimentos foram pais reclamando de que não conseguiam tirar seus filhos de casa. Mesmo se morassem perto de áreas verdes “, disse. “Na época, não haviam estudos sobre a aflição desses pais. Somente há menos de 10 anos surgiram as primeiras pesquisas sobre isso – e todas apontam para a mesma direção: a falta de contato das crianças com a natureza causa problemas físicos, como a obesidade, e mentais, como depressão, hiperatividade e deficit de atenção.”   Louv, no entanto, vai além do cenário triste que pinta para as crianças dos dias atuais: ele também aponta medidas simples que pais, educadores, médicos e o poder público podem adotar para evitar o “deficit de natureza” até mesmo em grandes metrópoles. Confira os principais trechos da conversa:   BBC Brasil – Ainda há esperança para as crianças que vivem em cidades como São Paulo ou outras do estilo “selva de pedra”? Richard Louv – (Risos). Sim, é claro que há esperança! Vi experiências muito interessantes em cidades na China e também em Atlanta, Chicago e em outras metrópoles americanas que podem ser comparadas com as brasileiras. São escolas e associações que estão usando hortinhas, caminhadas em bosques e outras soluções simples para combater uma série de novos problemas que atingem muitas das crianças de hoje, por estarem tão afastadas da natureza.   BBC Brasil – Quais exatamente são esses novos problemas? São físicos ou mentais? Richard – Os dois. Na parte física temos, por exemplo, a obesidade infantil, que hoje é epidemia em vários países mundo afora, inclusive, até onde eu sei, no Brasil. (47% das crianças brasileiras têm excesso de peso ou são obesas). As crianças hoje passam menos horas ao ar livre e, consequentemente, mais tempo confinadas em casa, vendo TV ou jogando videogame. Essa é uma das grandes causas da obesidade infantil. Meninos e meninas que ficam na frente de telinhas são menos ativos do que os que correm no parque, sobem em árvores…   BBC Brasil – E os transtornos psicológicos? Richard – São muitos e são novos. Porque até a poucos anos atrás, era raro os pediatras atenderem crianças bem novas com sintomas de depressão. Também posso citar transtorno de deficit de atenção e hiperatividade (TDAH), além de problemas cognitivos.   BBC Brasil – Como a natureza pode amenizar esses problemas? Richard – Hoje, há muitos estudos mostrando que o contato com a natureza – ainda que pequeno e por pouco tempo – pode reduzir os sintomas desses distúrbios. Uma pesquisa de um grupo na Universidade de Chicago que estuda distúrbios de atenção entre crianças comprovou que meninos e meninas de 5 anos tiveram uma melhora significativa com caminhadas curtas em parques. Pesquisadores da Universidade de Essex também mostraram impactos psicológicos mensuráveis em adultos depois de apenas cinco minutos andando entre árvores. Porque adultos, obviamente, também se beneficiam do contato com a natureza.   BBC Brasil – Você acha que conviver com a natureza é mais eficiente do que receitar remédios? Richard – Veja, não estou dizendo que remédios como a Ritalina (usado para o tratamento de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, por exemplo) são ruins. Eles podem ser muito úteis para alguns casos. Mas quando há escolas nos EUA em que 30% dos meninos tomam Ritalina, sabemos que algo não está certo. E os pediatras sabem disso. (O Brasil é o segundo maior consumidor do medicamento no mundo, com cerca de 2 milhões de caixas vendidas em 2010 – um aumento de 775% na última década, segundo a Anvisa.)   BBC Brasil – Sabem mesmo? Richard – Acredito que muitos estão passando a se dar conta disso. E vejo cada vez mais profissionais começando a prescrever “brincar no parque”. Prescrever mesmo, por escrito. Em algumas partes dos EUA, por exemplo, associações de médicos começaram a usar dados com mapeamento das áreas verdes de suas cidades. Assim, dizem para os pais “tem um bosque a duas quadras da sua casa, portanto não há desculpas para não levar seu filho lá duas vezes por semana.”   BBC Brasil – E o que exatamente acontece com essas crianças que são taxadas, corretamente ou não, de hiperativas quando elas passam mais tempo em áreas verdes? Richard – Essa mudança costuma ser visível e rápida. Vou dar um bom exemplo. Recebo muitos comentários de professores que passaram a incluir mais passeios ao ar livre em suas turmas. E, juro, perdi a conta de quantos professores me falaram exatamente a mesma coisa, com praticamente as mesmas palavras: “Richard, é impressionante. Meu aluno que é encrenqueiro na classe se transforma no líder quando estamos no parque”. E o que estamos fazendo com essas crianças? Dando Ritalina.   BBC Brasil – Isso também mostra como o papel da escola é importante, não? Richard – Com certeza. Eu diria inclusive que, em grandes cidades, as escolas devem liderar o caminho de resgate do convívio das crianças com a natureza, já que as áreas verdes são poucas e a vida dos pais é corrida. E há estudos mostrando que uma educação baseada no

[:pt]’Deficit de natureza’ provoca problemas físicos e mentais em crianças, alerta especialista[:] Read More »

Av. Santos Dumont, 1388
Aldeota - Fortaleza/CE
CEP: 60150-160

(85) 3255.8864
(85) 98232.4398
idc@guest.org.br

Siga nossas redes sociais

Rolar para cima