Mauna – Página: 8 – Instituto DimiCuida

Author name: Mauna

Por que jovens praticam o jogo do desmaio?

Desinformação acerca dos riscos associada à ideia de brincadeira. Facilmente associadas à distorções na personalidade ou comportamento, na verdade, as práticas de não-oxigenação pertencem ao mundo lúdico de crianças e adolescentes por serem consideradas não-violentas. Ao contrário, são vistas como experimentais e destinadas a provocar sensações alucinatórias ou sensoriais. Ficando evidente o total desconhecimento dos riscos de tais práticas. Os nomes encontrados no Brasil: jogo do desmaio, jogo de asfixia, jogo da camisinha, brincadeira do pregador, desafio do desodorante spray e seguem variações de nomenclaturas dessas praticas, vistas como brincadeiras, de acordo com as que são importadas dos EUA e Europa, mas que também recebem nomes novos no Brasil. Para compreender melhor essas práticas: Se propaga pelo boca a boca, vídeos, filmes, trocas em redes sociais, a curiosidade de uma experiência nova, superação de desafios que supostamente não deixam marcas. A expressão de violência contra si mesmo é rara, quase inexistente. Em detalhes: – Um amigo ou parente, seja primo ou irmão mais velho, propõe o jogo para um grupo; – Existem várias técnicas: apneia prolongada, sufocação com compressão do tórax, compressão manual dos vasos sanguíneos laterais do pescoço, respirar no saco plástico, com ou sem desodorante; – Uma compressão do ar leva a diminuição da circulação sanguínea, começando pelas veias, depois pelas artérias, interrompendo o fluxo de oxigênio para o cérebro. Em qualquer uma das variações, o jovem faz a experiência na frente de outros. Depois de iniciado, esse jovem tentará incitar outros a praticar, muitas vezes apelando para o zombar se o amigo não aceitar participar. De qualquer forma, as experiências relatadas por grupos são sempre acompanhadas de risadas, aplausos, quando alguns mostram estar se divertindo com o jogo. Quando ocorre o desmaio, a criança geralmente é vitima de movimentos convulsivos e se não estiver estendida no chão, poderá se machucar severamente. No melhor cenário, a criança retoma a consciência em alguns poucos instantes, sente-se mal por algum tempo, mas se recompõe. Se continuar praticando, essas convulsões levarão a lesões cerebrais provocadas pela hipóxia. Entre 3 e 5 minutos, a criança que fica sem socorro, poderá morrer de uma parada cardíaca. Se um jovem chega a precisar de uma intervenção de emergência, seja de um socorrista ou dos bombeiros, enquanto o grupo está presente, existe uma compreensão brutal e imediata do risco da prática. O perigo ainda maior está na tentativa de fazer o jogo sozinho porque não compreendem que a prática pode matar. Os riscos maiores estão no desconhecimento de que se ele não retornar rápido do desmaio, não existe ninguém para socorrer ou pedir socorro. Uma só vez pode ser fatal. O papel de adulto, sejam pais, cuidadores ou educadores, é de colher essas informações, entendê-las e repassá-las de forma segura e clara. Fazer uma criança compreender o que acontece com o corpo sem oxigênio já salvou muitas vidas em países como França e EUA. Juntos, podemos parar as brincadeiras perigosas. Conhecer, compreender, prevenir.

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Como a internet pode estar afetando crianças e adolescentes

A Internet tem sido o caminho mais usado para o acesso a vídeos sobre o jogo do desmaio. Para compreender como o fenômeno pode estar afetando as crianças e adolescentes brasileiros, é preciso compreender a dimensão do que significa a internet no Brasil e como a mesma está sendo utilizada por jovens. Na pesquisa da Tics Kids Online – Brasil, encontramos dados significativos do impacto desse veículo e como faz-se necessário um cuidado mais urgente quando ao acesso a rede.     O ambiente:   “A pesquisa revela que o ambiente para acesso a? rede mais mencionado e? a sala de casa (68%), seguido pelo quarto da/o crianc?a/adolescente (57%). Esse u?ltimo apresentou um aumento de 31 pontos percentuais em relac?a?o ao ano anterior, o que indica um crescimento do uso da Internet em locais em que a crianc?a ou o adolescente encontram maior privacidade. Isso representa, sem du?vida, um desafio para os pais no que se refere a? mediac?a?o do uso da rede. (…) A tende?ncia a? mobilidade e? outro destaque apontado pela pesquisa. O telefone celular e? utilizado por pouco mais da metade das crianc?as e adolescentes para acessar a rede (53%). Em 2012, essa proporc?a?o era de 21%. Ja? o acesso a? Internet por meio dos tablets cresceu de 2%, em 2012, para 16% em 2013. Os computadores de mesa seguem como os dispositivos mais utilizados por esse pu?blico para acessar a Internet: 71%.”   “Do total dos usua?rios de Internet entrevistados pela TIC Kids Online 2012, com idade entre 9 e 16 anos, 60% acessaram a rede de suas casas, ao passo que, na Europa, o i?ndice foi de 87%; 42% acessaram das escolas, no Brasil, e 63%, na Europa. Os i?ndices de pessoas que acessaram das casas de parentes ou amigos estiveram pro?ximos (38% e 42%, respectivamente). Entretanto, enquanto apenas 12% dos europeus acessaram de cybercafe?s e lanhouses, no Brasil, a porcentagem atingiu 35%. Nesse contexto, esses locais pu?blicos sa?o particularmente relevantes para o acesso tanto da populac?a?o de baixa renda quanto dos que residem em zonas rurais.”     Situações de risco:   “Em relac?a?o a situac?o?es de risco vividas on-line, 38% das crianc?as e dos adolescentes entre 11 e 17 anos de idade adicionaram pessoas que nunca conheceram pessoalmente a?s suas listas de amigos ou contatos nas redes sociais. As faixas de idade mais altas reportam mais atividades de risco potencial em relac?a?o aos mais novos. “Entre as atividades de mediac?a?o dos pais e responsa?veis, a conversa sobre o que os filhos fazem na Internet e? a ac?a?o mais citada (81%). Ja? 43% dos pais e responsa?veis afirmam realizar atividades junto com os filhos na rede. Quando questionados sobre os riscos, apenas 8% dos pais e responsa?veis acreditam que seu filho tenha passado por alguma situac?a?o de inco?modo ou constrangimento na Internet – percentual semelhante ao verificado em 2012 (6%).”   “Crianc?as e adolescentes esta?o preocupados com uma larga gama de riscos on-line. Uma visa?o ampla e atualizada sobre tais riscos colabora com os esforc?os destinados a mitiga?-los, assim como oferece insumos para as ac?o?es que ajudem crianc?as e adolescentes a lidar com eles. Considerando que 9% dos entrevistados entre 9 e 10 anos e que um em cada sete dos entrevistados de 9 a 16 anos passaram por algum inco?modo ou constrangimento na Internet no u?ltimo ano, e? importante promover a conscientizac?a?o e outras pra?ticas de seguranc?a direcionadas a crianc?as cada vez mais novas. Chamar a atenc?a?o de adolescentes e de seus pais e professores continua sendo uma prioridade, ja? que aquilo que e? considerado inco?modo muda conforme a idade. Comenta?rios maldosos e conteu?dos problema?ticos criados por usua?rios (como sites a favor da anorexia) sa?o uma preocupac?a?o particularmente importante para adolescentes, por exemplo. Ale?m disso, mensagens de seguranc?a devem ser atualizadas para se adaptar a?s novas formas de acesso: 33% das crianc?as e adolescentes agora acessam a rede usando celulares ou aparelhos porta?teis. Laptops, celulares, videogames e outros aparelhos mo?veis permitem a?s crianc?as e adolescentes acessarem a rede em qualquer lugar, a qualquer hora, longe da supervisa?o dos pais. Novos servic?os (como aqueles baseados na geolocalizac?a?o) tambe?m podem conduzir a novos riscos (MASCHERONI; O?LAFSSON, 2014).”     Vulnerabilidade:   “O estudo comparativo entre as pesquisas EU Kids Online, da Europa, e TIC Kids Online Brasil revela uma situac?a?o de vulnerabilidade maior das crianc?as brasileiras em relac?a?o a?s europeias, o que pode ser analisado a partir de alguns dados (BARBOSA et al., 2013). Por exemplo, mais de dois terc?os das crianc?as entrevistadas na pesquisa brasileira de 2012 (de 68% a 78%, variando em relac?a?o a? condic?a?o socioecono?mica familiar) com experie?ncias on-line acreditam saber mais sobre Internet do que seus pais ou responsa?veis. Ale?m disso, desse montante, o estudo indica que mais da metade dessas crianc?as (53%) relataram que pais e responsa?veis na?o usam a Internet, ao passo que, na Europa, apenas 28% a 46% das crianc?as responderam saber mais do que os pais sobre a Internet.”   “O fato ainda de o Brasil estar entre os tre?s pai?ses com maior nu?mero de perfis de usua?rios cadastrados no Facebook, atualmente a maior rede social de compartilhamento, pode se constituir tambe?m um indi?cio de maior vulnerabilidade das crianc?as brasileiras aos riscos das atividades on-line. Afinal, desde muito novas aprendem a burlar os limites impostos para o cadastramento nesse e em outros sites de relacionamento, sem que para isso precisem declarar seus dados pessoais com precisa?o, sobretudo a idade. Esse seria um fator de risco importante para as crianc?as brasileiras, visto que comec?am mais cedo a embrenhar-se na complexidade de uma rede como o Facebook, haja vista que, entre as crianc?as usua?rias de Internet de 9 a 10 anos de idade entrevistadas, 43% declararam ter perfil naquela rede, embora a idade oficial permitida seja de 13 anos.”     Porque prevenir:   “O uso da Internet pelas crianc?as merece atenc?a?o e ac?o?es intensivas que levem em conta o envolvimento e a capacitac?a?o de pais (ou responsa?veis), educadores, gestores de programas, programadores e designers de software brasileiros,

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Hipóxia – sequelas. Conhecer, Entender, Prevenir

Ao se submeter ao jogo do desmaio, a criança ou jovem não consegue visualizar o que está acontecendo nesses segundos sem ar. Sem a imagem, não se concebe as consequências, não se pesa os riscos e não se sabe do limiar entre estar bem e viver em estado vegetativo. Sem oxigênio, mesmo que por alguns segundos, pode levar o cérebro à sequelas irreversíveis. Adultos e jovens precisam conhecer mais profundamente o que acontece numa hipoxia.   De acordo com estudos em medicina, a redução do teor de oxigênio presente no sangue pode levar à sequelas de funcionamento neuronal, como dificuldade de concentração, perda da memória de curto e longo prazo, cegueira parcial, temporária ou permanente e incapacidade mental, além da morte. Mais detalhadamente, um grupo de médicos, psicólogos e psicoterapeutas americanos compôs uma síntese compreensivos da falta de oxigenação: “Quando o oxigênio é severamente limitado ou ausente durante longos períodos de tempo, o corpo entra em coma. Se você estiver em coma, você está inconsciente e não responde a estímulos tais como o ruído ou dor. Outros não serão capaz de acordá-lo, e você não vai executar qualquer ação voluntárias. Se o suprimento de oxigênio é recuperado, você pode recuperar o suficiente para acordar de um coma, mas os danos cerebrais permanentes provavelmente terão ocorrido.   Cognitivas, alterações comportamentais e de personalidade Os componentes da personalidade residem no lobo frontal do cérebro e quando hipoxia cerebral provoca danos no lobo frontal, alterações de personalidade podem ocorrer. Depois de um acidente vascular cerebral, por vezes entes queridos relatam que a vítima de derrame é “como uma pessoa diferente.” A gravidade das alterações está relacionada com a gravidade da hipóxia. acordo com o Instituto Nacional de Desordens Neurológicas e alterações da borda, cognitivas e comportamentais também pode ocorrer após lesão cerebral associada com a hipoxia. Tais mudanças podem incluir diminuição da atenção, julgamento pobre e perda de memória.   Habilidades Motoras Um sintoma geralmente reconhecido como hipoxia cerebral é a perda de habilidades motoras ou de coordenação adequadas. O cerebelo é responsável por grande parte do nosso movimento coordenado e pelo o equilíbrio. A morte celular pode conduzir a movimentos bruscos e outros problemas motores.   Batimentos Cardíacos Quando o cérebro não está recebendo oxigênio suficiente, a freqüência cardíaca aumenta, na tentativa de entregar mais oxigênio. Se a hipóxia é grave o suficiente, o coração não será capaz de manter-se devido a demanda e pode eventualmente falhar, causando um ataque cardíaco.   Desmaio Níveis de oxigênio no cérebro pode, por vezes, de repente cair, de tal forma que os seus processos corporais não essenciais são desligados, permitindo que as funções vitais do cérebro continuem. Desmaio é o resultado. Sintomas como tonturas, náuseas e uma sensação de calor pode preceder desmaios, de acordo com a Clínica Mayo.   Morte Encefálica O eventual resultado de hipóxia grave, se não for revertida, é a morte cerebral. De acordo com a Associação Americana de Enfermeiros de Terapia Intensiva, a morte encefálica é determinada por um paciente demonstrando coma, a ausência de resposta à dor, a falta de todos os reflexos dos nervos cranianos e apneia, ou uma falha de respirar independente de máquinas.”   Mais recentemente, o pesquisador Jair Ribeiro Chagas publicou artigo científico acerca do estudo da hipoxia que levaria a doença de Alzheimer. Ele afirma que: “A hipóxia é um fenômeno caracterizado pela redução do teor de oxigênio presente no sangue e está relacionada a diversas patologias, entre elas a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS). Suas conseqüências ainda não são totalmente esclarecidas, mas as evidências da literatura mostram que a hipóxia tem consequências bioquímicas com reflexos em aspectos comportamentais e importantes conseqüências em diversos sistemas, principalmente no sistema nervoso central, respiratório e cardiovascular. Hipóxia e idade parecem ser fatores bastante correlacionados no desenvolvimento da doença de Alzheimer. A neprilisina (NEP, EC 3.4.24.11) é uma metaloprotease, presente em vários tecidos do corpo, como rins, intestino, pulmão, cérebro, entre outros. Recentemente, foi demonstrado que uma das suas principais atividades no Sistema Nervoso Central é a degradação do peptídeo Beta Amilóide (A²), um dos responsáveis pelo surgimento e agravamento da Doença de Alzheimer.”  (Avaliação do efeito da hipóxia na expressão e atividade da neprilisina (EC 3.4.24.11), uma protease envolvida na Doença de Alzheimer, 2014)   Visto as sérias consequências da falta de oxigenação no cérebro, o “jogo do desmaio” e outras práticas de não-oxigenação podem ser consideradas letais para a saúde. É aconselhado que pais e professores conheçam o assunto e saibam usar a informação para prevenir a prática.    

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Brincadeira com desodorante spray pode ser fatal

Recentemente, participamos como conferencista, do I Colóquio Internacional de Brincadeiras Perigosas, em Fortaleza (CE). O evento mostrou uma nova preocupação de pais, professores e profissionais de saúde: as brincadeiras perigosas que jovens e adolescentes estão realizando no Brasil e em países como África do Sul, França e Estados Unidos. São diversos tipos de atitudes que visam reduzir a oxigenação cerebral e, consequentemente, uma sensação de euforia, tontura, parada respiratória, desmaio, podendo chegar até a morte. Várias práticas perigosas sempre existiram, porém, com a fácil e instantânea divulgação nas redes sociais e internet, estão se tornando um grande problema para as famílias, escolas, saúde pública e até para a área policial.   O PERIGOSO JOGO DO DESMAIO Inicialmente, alertamos para os “Jogos dos Desmaios”, vistos como brincadeiras entre crianças e adolescentes, que consistem em cortar a passagem de ar para o cérebro, provocando o desmaio. O objetivo da prática seria a busca de uma sensação de euforia ou alucinação. A busca é típica da adolescência: experimentar, desafiar e pertencer a grupos e práticas em busca de recompensa subjetiva. A prática, disseminada como inofensiva, torna-se um fator de curiosidade entre grupos, principalmente nas escolas. A experimentação ocorre em sua maioria pela pressão de amigos e sem consciência das possíveis sequelas da prática e do risco de morte.   A INALAÇÃO DE DESODORANTE SPRAY ANTITRANSPIRANTE Outra forma de desafio proposta a jovens via internet e/ou entre amigos e grupos, pode ter sido causadora de óbitos em Fortaleza e em outras capitais: a prática da inalação do desodorante em spray. Algumas mortes de jovens ocorridas na capital cearense foram consideradas, equivocadamente, pela polícia, como simples suicídio por asfixia mecânica. Eram jovens sem nenhuma história de depressão, com a vida familiar regular, alguns até, universitários ou recentemente aprovados no vestibular, alegres e demonstrando toda a felicidade, naquele momento das suas vidas. Ao lado dos corpos de alguns jovens, foram encontrados frascos de desodorantes, não valorizados pela polícia técnica, segundo depoimentos de familiares. Alguns colegas dos jovens que foram a óbito, revelaram uma prática que não consideravam arriscada: tinham uma competição de inalar desodorante spray, para ver quem suportava mais. Alguns pais dos jovens descobriram, posteriormente, a presença de vários frascos de desodorantes em spray, guardados no quarto dos filhos. No corpo de alguns jovens, foram encontradas lesões escuras semelhantes a queimaduras, resultantes da aplicação do desodorante na pele antes da inalação (como um ritual de utilização do desodorante). Tais lesões também não foram valorizadas pela polícia técnica, segundo informações de familiares. Em Belém, uma pesquisa realizada por um jornal local mostrou que de sete adolescentes, entre 16 e 17 anos, entrevistados, cinco assumiram que já inalaram, ao menos uma vez, desodorante spray. Alguns jovens revelam que a aspiração, em pano embebido ou saco plástico, causa efeitos comparáveis ao consumo de inalantes como o lança-perfume. Eles não aparentam ser usuários de drogas, não são pobres, nem enfrentam os riscos de morar na rua. Pelo contrário. São alunos de uma escola do centro da cidade que, basicamente, atende ao público pertencente à classe média alta. A prática, segundo os entrevistados, é comum entre alunos de vários colégios considerados “de elite” da capital.   POR QUE A INALAÇÃO DO DESODORANTE SPRAY PODE MATAR? A composição química básica do desodorante em spray é: álcool, alumínio, gases como isobutano, butano e propano, entre outras substancias. O alumínio é responsável por conter o suor bloqueando as glândulas sudoríparas. Existe uma polêmica com relação à provável ligação entre o alumínio e câncer de mama. Em algumas pessoas, o alumínio é responsável por reações alérgicas. .A presença do álcool nos desodorantes, quando inalados repetidas vezes, pode contribuir para a dependência (lembrando que o álcool é uma substância depressora do sistema nervoso). Os gases do desodorante são utilizados como propulsores de aerossóis e, em excesso se acumulam no organismo, tomando o lugar do oxigênio, podendo provocar asfixia e morte. Portanto, a inalação do desodorante spray pode levar a depressão respiratória, arritmia cardíaca, redução da oxigenação cerebral, asfixia e morte.   O PROBLEMA É MUNDIAL Casos mundiais de óbitos por inalação dos desodorantes sprays foram divulgados na mídia internacional. Um menino de 12 anos, Daniel Hurley, morreu após usar quantidade excessiva de desodorante. O pai encontrou o menino desmaiado no banheiro da casa da família, na cidade inglesa de Derby. Ele ainda tentou reanimar o menino, mas ele morreu nos hospital cinco dias depois, em função de uma arritmia cardíaca. O jovem Jonathan Capewell tinha apenas 16 anos quando teve um ataque cardíaco no quarto, em Oldham, Manchester: “Quando chegamos ao hospital, eles ainda tentaram reanimá-lo”, lembra o pai Keith, 58. “Mas, 10 minutos depois ele tinha falecido”. Um exame em seu corpo mostrou que ele tinha 10 vezes a quantidade letal de butano e propano em seu sangue.   OS RÓTULOS DOS DESODORANTES SÃO QUASE INVISÍVEIS Poucas pessoas, normalmente, observam rótulos de produtos. Ainda mais que os rótulos dos desodorantes são quase invisíveis. As principais recomendações são: Evitar inalações, evitar aplicações prolongadas, proteja os olhos durante a aplicação, não usar se a pele estiver irritada ou lesionada, não usar em ambientes fechados. A maioria das pessoas usa no banheiro com a porta fechada. Os jovens e adolescentes que foram a óbito devido à inalação de desodorante, usaram em banheiro ou no quarto fechado para os pais não descobrirem a prática tão arriscada.   ALERTA PARA TODOS Escrevemos o artigo acima, pois não detectamos ações em escolas do nosso país, exceto o que foi realizado por nós aqui em Sergipe, abordando o tema “Brincadeiras Perigosas”. Pretendemos levar o tema para o Sindicato das Escolas Particulares e para o Programa de Saúde Escolar (escolas públicas). Os pais precisam acompanhar mais os filhos, ficando atento às mudanças súbitas de comportamento, bem como as alterações físicas do jovem ou adolescente. Os professores e coordenadores das escolas também precisam estar atentos às brincadeiras nos intervalos e o que está circulando nas redes sociais que envolvem os alunos. A internet e redes sociais, sem recursos de acompanhamento de pais

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Alerta: “Brincadeiras Perigosas”

A realização em Fortaleza do primeiro Colóquio Internacional, realizado no Brasil, sobre “Brincadeiras Perigosas: Práticas, Risco e Prevenções no Mundo”; promovido pelo Instituto DimiCuida com a participação especial da APEAS (Association de Parents d’Efants Accidentés par Strangulation), França; foi uma oportunidade para saber mais sobre esta “prática”, muito difundida entre jovens; que acarreta graves sequelas físicas e até mortes. No evento, abordei esse assunto em público, com depoimento pessoal de um pai sobre perda repentina de seu filho. De fato, não foi fácil aceitar o que aconteceu. Evidente que, um filho do sexo masculino traz muitas subjetividades para o pai. Que muitas vezes projetam “fantasias” na imagem dos filhos. Isso realmente é injusto com os meninos. Procurei dar Liberdade para que meu filho, Breno, pudesse buscar a sua íntima personalidade e suas realizações. Breno, 17 anos, estava cheio de planos; visto que havia passado no Enem, e nos vestibulares da Uece e Unifor, de modo que poderia escolher a sua carreira diante das opções acadêmicas – o que lhe enchia de altaestima pelo exitoso resultado de seus esforços nos estudos, e, naturalmente, o reconhecimento; tendo compartilhado a sua felicidade com familiares e amigos. O acontecimento trágico com o meu filho se caracteriza dentre as formas de “Brincadeiras Perigosas”, através do desafio proposto entre jovens. Ao inalar “ar seco” de um desodorante teve suas vias respiratórias obstruídas e, para piorar o quadro clínico, houve rompimento de artérias, ocasionando hemorragia e óbito. As “Brincadeiras Perigosas” na realidade, segundo pesquisas e divulgadas pelo Instituto DimiCuida (www.facebook.com/dimicuida) são práticas: “Vistas como brincadeiras entre crianças e adolescentes, esses jogos consistem em cortar a passagem de ar para o cérebro, provocando o desmaio. O objetivo da prática seria a busca de uma sensação de euforia ou alucinatória”. O “jogo do desmaio” (the choking game) tem incidência até na faixa etária de 10 anos, – perigosamente! Realmente é um “fenômeno” desta geração “conectada“. Sim, as práticas são amplamente difundidas pelas redes da internet e celulares. “Brincadeiras Perigosas” são, na verdade, atitudes inconsequentes que resultam em mortes banais. É preciso abrir um canal de diálogo com os jovens – imediatamente! Neste senso, a Escola é fundamental, que pode conseguir meios pedagógicos e psicológicos para evitar que vidas prematuramente sejam perdidas. Particularmente, escrevo este artigo, contribuindo. Hoje, 3, faz sete meses da partida do meu filho. E porque o amava, e por sua memória sempre viva; faço um alerta sobre: “Brincadeiras Perigosas”.   O artigo foi publicado originalmente no Caderno Opinião, do Jornal O Estado, e escrito por Adauto Leitão, pai e historiador.

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A brincadeira perigosa e o virtual do existir na infância e na adolescência

[:pt] A palavra brincadeira instantaneamente nos remete a infância, um espaço de memórias onde se aloja a facilidade de existir, entre grupos de amigos, na família, que envolve atividades lúdicas, prazerosas e de alegria. Tais como as brincadeiras domésticas: a boneca, o carrinho, o cantar, o dançar, o correr da primeira infância; sejam as atividades grupais ao redor do esporte na adolescência: jogar vôlei, jogar futebol, jogar conversa fora nos corredores do shopping center. Nenhuma memória estará diretamente ligada à sensações de desprazer quando se fala de brincar. Nenhuma brincadeira será, em sua essência, lembrada em associação a riscos de vida ou consequências de caráter irreversível. Porém, o limiar de existir, o desenfreado poder da informação da nossa era vigente, tem conduzido crianças e jovens a sucumbirem à práticas de alto risco sob a denominação de “brincadeira” ou “jogo.” A infância e adolescência se organizam, nos dias de hoje, através das comunicações virtuais. A constante necessidade do uso da tecnologia como veiculo para o brincar e o interagir tem uma capacidade de extrapolar os limites impostos pelos pais nos cuidados de segurança e proteção dos filhos. Se contarmos as horas usufruídas na internet por crianças e adolescentes, vamos ser surpreendidos com a substituição de existir fora do mundo virtual por uma comunicação artificial, existente entre pares de mídia sociais e vídeo games. Pais de hoje, nascidos ainda na geração de antes do início da internet, estão em constante desafio para compreender a facilidade e a forma como a informação é acessada pelos filhos. O brincar está fora do olhar, do comando, do direcionar dos cuidadores já que persiste dentro de uma tela, em uma velocidade do qual se é alienado saber se não se faz parte integrante da mesma. O mundo virtual torna-se um infrator das leis paternas, um desesperador das atenções maternas, que muitas vezes apontam as consequências e os riscos quando o pior acontece. Longe de querer erguer bandeiras e protestos contra o que possivelmente seria  considerada a maior invenção do seculo XX: a Internet; nos pomos, porém, a pensar sobre o caráter formador da mesma, o impacto emocional, social e cultural que sofrem as crianças e adolescentes da geração pós-internet. Quando questionamos esse poderoso veículo e a influência que exerce sobre jovens de forma geral, estamos tentando entender a melhor qualidade e forma de monitorar o seu uso para que jovens possam permanecer seguros e distantes de perigos desconhecidos pelos pais ou responsáveis. Monitorar se torna necessário quando temos seres em processo de desenvolvimento e crescimento sócio-emocional, que dependem, ao longo desse processo, de comandos, de direcionamentos que diferenciem riscos de brincadeiras. E aqui entram as brincadeiras perigosas, os jogos de desafio que se tornam populares em instantes virtuais, mais rápidos que nosso tempo de minutos e horas. Massivamente divulgados pela internet, suas mídias sociais, canais de imagens e videos, as brincadeiras perigosas acham refúgio na infância e adolescência pela proposta aparentemente simples e inofensiva de se praticar. Grupos em escola, acionados, seja pela motivação da curiosidade, seja por uma necessidade de identificação grupal, testam limites dentro dessas atividades. Jovens vitimizados pela prática de alguma brincadeira perigosa acontecem em sua maior incidência na idade de 12 anos, testando a “brincadeira” em casa e sozinhos pela primeira vez, possivelmente incitados por um desafio online ou pela curiosidade ao redor da propaganda da prática como algo prazeroso. Não se encontra, em nenhuma dessas divulgações de internet, as consequências de curto, médio e longo prazo, as sequelas neuronais causadas, afligindo as funções cognitivas, emocionais e de visão, as possibilidades de parada cardíaca e até a morte. A brincadeira perigosa não é novidade, não nasceu e se criou no século XXI, porém, tem se tornado mais complexa, mais violenta e como consequência, formadora de vítimas, de famílias que agora vivem o luto de um ente querido que partiu inesperadamente e no auge da infância. A dor associada com a prática que os levou não pode ser denominada lúdica, entrando aqui em total oposição à forma de propagação dessas atividades dentro dos grupos sociais nos quais ocorrem. Parece pertinente que exerçamos um papel de questionador do uso sem monitoramento dos veículos de internet, quem sabe podemos criar formas de conscientizar crianças e jovens sobre os riscos de práticas não-lúdicas, e desenvolver ferramentas que barrem a propagação do brincar em associação ao risco e desafio. Inicia-se assim, um unir pensamentos e esforços em nome da preservação da vida de crianças e adolescentes no nosso país e no mundo. [:en]Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip ex ea commodo consequat. Duis aute irure dolor in reprehenderit in voluptate velit esse cillum dolore eu fugiat nulla pariatur. Excepteur sint occaecat cupidatat non proident, sunt in culpa qui officia deserunt mollit anim id est laborum. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip ex ea commodo consequat. Duis aute irure dolor in reprehenderit in voluptate velit esse cillum dolore eu fugiat nulla pariatur. Excepteur sint occaecat cupidatat non proident, sunt in culpa qui officia deserunt mollit anim id est laborum. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip ex ea commodo consequat. Duis aute irure dolor in reprehenderit in voluptate velit esse cillum dolore eu fugiat nulla pariatur. 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