[:pt]Atenção! Práticas que se difundem e se confundem. [:]

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Tem tido grande repercussão na imprensa e redes sociais o caso de jovens que, ao cumprirem provas de um jogo mais comumente conhecido como Blue Whale (Baleia Azul), foram vítimas fatais ao final. Embora com motivações e propósitos diferentes das práticas de não-oxigenação (brincadeiras perigosas), identifica-se aqui a internet como veículo de propagação e formação de grupo, o que reforça nosso trabalho no sentido de criar filtros e controles parentais visando evitar essas e tantas outras práticas perigosas e que levam à morte. Mais ainda, é preciso notar a falta de compromisso com a verdade de uma história que não pode ser provada, como afirmam muitos jornais e revistas americanos e europeus. Grupos de indução à morte existem e precisam ser investigados, mas, uma vez emitida e disseminada uma história sem provas, o pânico gerado em pais e educadores pode vir a ser real pelo efeito de mimetismo, aos quais jovens aderem com facilidade.

 
 

O que é preciso saber sobre a indução exercida no Blue Whale:

 

Não se trata de um jogo online ou desafio de youtube. Na verdade, são possíveis grupos de indução à morte (que no Brasil se caracteriza como crime no Código Penal art. 122). Ele pode se iniciar via convite num grupo fechado, através de mídias tipo whatsapp e tem vários nomes, sendo o mais popular o Blue Whale. O nome vem do fenômeno de bando da baleia azul que, quando uma morre, as outras morrem também, desfazendo-se o grupo como um todo. O jovem que aceita entrar no jogo é intimidado a não sair sob ameaças de que todas as informações dele serão usadas ou dispostas (também não há provas desse texto).

 

A grande maioria que testou o jogo completava as provas de forma enganosa, sem realmente fazer o que era pedido. Muitos desistem e vários vídeos de internet falam de como os jovens ficam curiosos mas não acreditam na veracidade do mesmo. Muitos jovens, porém, inclusive as 3 ultimas meninas que morreram, parecem ter seguido à risca todas as provas. Essas deixaram cartas de despedidas ou mensagens de fim em suas mídias, além de terem publicado amplamente o vazio de existir e que tinham quadro de depressão. Os números, 130, não estão claramente associados com o jogo, 80 deles estão ainda sob investigação. Um homem responsável por 8 desses grupos suicidas está preso na Rússia. Não existem casos reportados no Brasil até o momento.

 

Importante ressaltar elementos que concernem a verdade dessa prática para melhor conhecer os caminhos de sua motivação entre jovens. Primeiro, jovens precisam de orientação quanto aos riscos de informações recebidos e visualizados em mídias sociais. Com seu desenvolvimento neural ainda imaturo para a capacidade emocional e de processamento para discernir informações boas e ruins e de como os meios virtuais não são adequadamente a melhor forma de resolver conflitos, faz-se urgente que pais, educadores e profissionais de saúde estejam unidos na mobilização de uma educação digital eficiente. Cabe a nós como sociedade o compromisso com um discurso próximo da verdade, averiguando em bom juízo as noticias que chegam até nós e as nossas crianças e jovens.

 
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1 Comment

  • Claudia Recker

    Ótima texto! Diferente de muitos, traz um alerta de forma esclarecedora e consciente. Sem o tom escandalizante, sensacionalista e vulgar.

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