Mauna – Página: 6 – Instituto DimiCuida

Author name: Mauna

[:pt]Jogo de asfixia: não é brincadeira[:]

[:pt] A morte de um adolescente paulista lançou luz sobre os jogos de desmaio, praticados por quatro em cada dez jovens brasileiros.   É difícil descrever a agonia de encontrar um filho desmaiado dentro de casa. A família de Gustavo Riveiros Detter, de 13 anos, deparou com cena ainda pior na noite de sábado, dia 15 de outubro deste ano. Amarrada ao redor do pescoço do menino estava a corda que sustentava um saco de boxe no teto do quarto. Um tio de Gustavo declarou que o sobrinho jogava videogame pelo computador com outros três colegas conectados pela rede. Por perder a partida, Gustavo foi desafiado a “brincar de novo de se enforcar”, nas palavras de um dos jogadores. O menino não resistiu aos danos neurológicos e morreu horas depois na UTI do Hospital Ana Costa, em Santos, cidade litorânea de São Paulo. Foi ali no hospital, pelo médico Luiz Henrique Guerra, que a família e os amigos souberam da existência do jogo do desmaio. Guerra entregou à família, impressa em duas folhas brancas, a descrição de um passatempo macabro que se tornou “febre” entre crianças e adolescentes. O participante, em busca de uma sensação alucinógena ou de euforia, prende a respiração com as mãos ou com o auxílio de um acessório (lenço, cordão ou cinto) até desmaiar. A postagem sobre o alerta com fotos do documento, feita por uma amiga da família, viralizou no Facebook. O dado mais apavorante: só os adultos não conheciam a brincadeira.   Em uma mensagem na rede social, um primo de Gustavo, de 25 anos, escreveu ter se arriscado com a prática na adolescência e pediu aos jovens que nunca mais jogassem. Uma das enfermeiras que atenderam Gustavo surpreendeu-se ao levar o debate para casa. Os filhos pré-adolescentes tinham até visto colegas de escola perder o fôlego. O mesmo relato veio por uma professora amiga da família, cujos alunos afirmaram ter participado do jogo da asfixia. A facilidade com que se encontra o passo a passo da prática na internet deixa os jovens mais expostos a cometer um ato que pode terminar em tragédia. Em 2010 eram menos de 500 os vídeos relacionados ao jogo do desmaio no canal YouTube. No início deste ano, mais de 16 mil. Esse é um dos resultados preliminares de uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo e da Paris Ouest (na França). “Não imaginava que a prática era tão difundida entre as crianças do Brasil”, diz a psicóloga brasileira Juliana Guilheri, coordenadora do estudo.   Alguns países já estão tomando medidas para enfrentar o problema. Em 2002, a francesa Françoise Cochet, que perdeu um filho na brincadeira, fundou a associação Accompagner-Prévenir-Éduquer Agir Sauver (Apeas, ou Acompanhar-Prevenir-Educar Agir Salvar, em tradução livre). Graças à pressão da associação, o governo francês aprovou uma lei, em 2013, proibindo sites com busca, como YouTube e Google, de mostrar conteúdo em francês sobre as brincadeiras. Campanhas de prevenção miram pais, médicos, educadores e estudantes. Inspirada em Françoise, a americana Judy Rogg criou a instituição Eric’s Cause (A Causa do Eric, em tradução livre) depois da morte do filho. Ela mantém um mapa colaborativo com notificações de mortes e pessoas com sequela no mundo todo causadas pelas brincadeiras. Já são 1.256 casos notificados, com 11% sequelados.   No Brasil, há esforços semelhantes. O empresário do mercado imobiliário Demétrio Jereissati, parte distante da família dos políticos Jereissati, voltava de viagem com a mulher. Era 8 de junho de 2014. Uma das expectativas era entregar um arco e flecha “da largura da mala” para o filho caçula, Dimi. “Ele queria tanto que ligou para me ensinar a acomodar com segurança dentro da mala”, diz. Aos 16 anos, Dimi gostava de aventura e sonhava com a faculdade de engenharia. Mas ao chegar em casa Demétrio encontrou o filho sem vida, com um cinto em volta do pescoço. “Não sei dizer o que passa na cabeça de um pai numa situação dessas. A gente sai do ar, fica anestesiado.” Dias depois, Demétrio e a mulher conheceram Françoise pessoalmente. Em dois meses, o instituto DimiCuida nasceu. “Descobrimos que, enquanto os adultos desconhecem, os jovens praticam. A palavra desafio tem de ser um sinal de alerta”, diz.   Um dos obstáculos para dimensionar o problema é a dificuldade em identificar se o jovem foi vítima da brincadeira de asfixia ou de suicídio. É o que diz Maria de Fátima Franco dos Santos, da PUC-Campinas. Ela é especialista em autópsia forense, uma investigação sobre a vida pregressa da vítima em caso de morte duvidosa. A busca inclui entrevistas com amigos e familiares, médicos e pesquisas on-line. “Poucos no Brasil conhecem as brincadeiras perigosas e uma minoria faz autópsia psicológica. É mais fácil dizer que foi suicídio”, diz.   A hipótese de suicídio não se encaixava no perfil do filho de Jane do Carmo, de 50 anos, uma inglesa que morava em São Paulo. Depois de procurar por Thomas em todos os cômodos da casa, Jane encontrou-o sentado no vaso sanitário. Uma ponta da faixa de caratê do menino estava presa ao pescoço. A outra, no registro do banheiro. “Tentei tirar o nó, mas logo vi que não adiantaria. Imaginei que ele estava tentando fazer alguma experiência… Mas não me lembro de nada daquela noite, não quero voltar”, continua, em longas pausas. Nos dias seguintes, amigos e familiares aflitos alcançaram informações sobre as brincadeiras perigosas. Só depois Jane lembrou que Thomas tinha falado de amigos que ficavam dando socos uns no peito dos outros para provocar desmaio. Também recordou das queixas de enxaqueca e dos olhos avermelhados do filho. “Eu conversava com meu filho sobre tudo, nossa família era unida. Você não tem como proteger um filho do que desconhece. Isso precisa mudar”, diz Jane.   A psicóloga Fabiana Vasconcelos, coordenadora da área de educação do DimiCuida, descobriu que um argumento para sensibilizar os jovens é falar das sequelas do jogo. Na falta de oxigênio, funções importantes começam a parar e neurônios morrem. Em alguns casos, o praticante que sobrevive

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[:pt]O que são choking games? Leia perguntas e respostas sobre o tema.[:]

[:pt]O que é, afinal de contas, o “choking game”? Especialistas alertam sobre riscos e motivos por trás de comportamento.     HISTÓRICO     O que é “choking game”? O “choking game”, ou jogo de asfixia, é uma atividade classificada por estudiosos como um jogo de não-oxigenação. É uma prática que consiste em cortar a passagem de ar para o cérebro. A psicóloga Juliana Guilheri desenvolve um doutorado na França sobre esse tipo de manifestação e conta com a participação de 802 crianças francesas e mil brasileiras. Ela ressalta que “são comportamentos de risco e não são nem ‘brincadeiras’ e nem ‘jogos’.”   O que leva alguém a participar do jogo? O principal motivo é a pressão para ser aceito em um grupo, mas a curiosidade é um fator determinante, de acordo com a psicóloga Fabiana Vasconcelos, gestora do Instituto Dimicuida, que trabalha com a conscientização e a troca de informações sobre “choking games”. “A adolescência é uma época natural de experimentação. A busca de uma representação externa, de uma participação de um grupo, é algo natural. Além disso, há a curiosidade. Os jovens querem saber os limites do próprio corpo. O problema é que, na maior parte dos casos, eles não sabem”, diz Vasconcelos. Segundo o Dimicuida, os adolescentes que se dispõem a praticar o “choking game” quase nunca manifestam comportamento suicida.   Quando o “choking game” surgiu? Segundo Fabiana, os jogos de asfixia surgiram há bastante tempo, mas não é possível determinar exatamente quando. Na França, país referência em estudos sobre a prática, os registros mais antigos são datados de 1950.     SAÚDE     Quais são os perigos do “choking game” para a saúde? Além do risco de morte, os jogos de asfixia são considerados de alto risco por especialistas, já que o corte no fluxo de oxigênio para o cérebro pode deixar sequelas. “O cérebro já sofre danos neuronais se ficar entre 2 e 3 minutos sem oxigênio”, diz Fabiana. “Com 5 minutos, a pessoa pode ter uma parada cardiorrespiratória”. Entre as sequelas estão cegueira temporária ou permanente, perda dos movimentos dos membros inferiores, convulsões, epilepsia e perda de cognição.   Quantas pessoas já morreram no Brasil por participarem de “choking games”? Não existe um estudo consolidado sobre “choking games” no país. “As Secretarias de Segurança Pública registram como morte acidental ou erroneamente como suicídio”, diz Fabiana. “Os números que temos são informais, de famílias que entram em contato. Desde 2014, registramos 8 famílias em Fortaleza (CE) e duas no estado de São Paulo.” “No Brasil, estimamos que cerca de 4 em cada 10 crianças e jovens (40%) já praticaram ao menos uma vez um ‘jogo de asfixia’ e que 8% dentre eles já provocaram o desmaio voluntário”, afirma Juliana Guilheri.     TECNOLOGIA     Há relação entre “choking games” e jogos online como “League of Legends”? Não existe relação direta entre a linguagem dos games e das redes sociais com esse tipo de desafio, segundo Marcia Padilha, consultora na área de educação e tecnologia. Ela acredita que a situação poderia acontecer independentemente do ambiente, mas acaba surgindo no mundo digital por ele ainda contar com pouca supervisão dos adultos. “Numa cidade como São Paulo, as crianças acabam tendo poucas possibilidades de interação ao ar livre, no quintal. E as interações online acabam sendo muito importantes para elas. Como as crianças estão sozinhas no quarto, é confortável para os adultos porque eles não têm tempo de proporcionar uma atividade, e isso acaba virando uma bola de neve. Como os nudes”, diz.   O que a criadora de “League of Legends” diz a respeito do “choking game” e do caso do garoto Gustavo Detter? Procurada pelo G1, a produtora Riot Games afirmou por meio de sua assessoria de imprensa que não irá comentar o assunto.   Houve aumento de ocorrências por causa da internet? Na opinião de Marcia, a internet tem o poder de potencializar e disseminar ideias – boas e ruins. “O que é moda na escola do meu bairro passa a ser moda mundial”, ela diz. Entre 2010 e 2016, o número de vídeos no YouTube com registros dos desafios (com a nomenclatura “brincadeira do desmaio”) saltou de cerca de 500 para 19 mil, de acordo com Fabiana Vasconcelos. E isso apenas no Brasil. Nos EUA, eles chegaram a 600 mil em 2016.   Quais redes sociais e aplicativos são usados para os “choking games”? “Existem dois estudos americanos, de 2010 e 2016, que comprovam a influência do YouTube para a prática dos comportamentos de asfixia em ‘jogos’ ou ‘desafios’”, explica Juliana Guilheri. Ela defende a criação de uma lei que proíba a postagem e difusão de vídeos do tipo. “Esta lei já está em funcionamento na França desde 2013 e pode multar o infrator em até 75 mil euros (R$ 257 mil) ou até resultar em pena de prisão. Os motores de busca também são responsabilizados. A lei, felizmente, funciona.”   Fabiana Vasconcelos também aponta que muitos jovens utilizam aplicativos de mensagens como o WhatsApp para disseminar a prática.   O que os pais e as escolas podem fazer agora para evitar esse comportamento? Fabiana afirma que os pais precisam primeiro saber da existência desses desafios. Também é importante abrir um diálogo em casa para falar sobre brincadeiras perigosas. “Tenham acesso ao histórico de navegação de seus filhos na internet. Saibam com quem eles conversam. A privacidade do jovem em um aparelho eletrônico é de propriedade da família. O jovem não apenas precisa como quer esse monitoramento.” Marcia defende que é preciso mergulhar e entender o mundo digital, se preparando para novas situações. “Quando seu filho vai à praia, você fala para ele ir só até onde a água bate no joelho, para não ir onde tem pouca gente. Existem regras físicas. E você já foi várias vezes à praia. Mas se você não visita o virtual, temos um problema. É fácil dar uma resposta monocausal para um assunto que é multifatorial. É mais fácil achar um bode expiatório”, afirma. “A

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[:pt]Diálogo é chave contra “Choking Game”, dizem especialistas[:]

[:pt] O diálogo sem intimidação é a principal recomendação de especialistas para orientar crianças e adolescentes sobre os riscos do “Jogo do Enforcamento” (Choking Game), que pode causar danos no cérebro e levar à morte.   “Isso já estava acontecendo nos Estados Unidos há muito tempo. Os pais devem abrir espaço para o diálogo para criar um vínculo de confiança. Com ações punitivas e castradoras, eles se afastam dos filhos”, diz Ricardo Monezi, especialista em Medicina Comportamental da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).   Em 2008, o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, publicou levantamento de mortes por estrangulamento acidental entre jovens de 6 a 19 anos no período de 1995 a 2007.   Com base em informações de noticiário, os pesquisadores chegaram a 82 casos e constatam que 86% dos registros ocorrem entre meninos. A idade média das vítimas era de 13 anos, a mesma de Gustavo Riveiros Detter.   Professora do Centro de Estudos Psicanalíticos (CEP), a psicanalista Gabriela Malzyner diz que os pais não precisam ser invasivos, mas devem acompanhar hábitos dos filhos.   “São os responsáveis pela criança e devem ficar atentos, perguntar o que o filho está fazendo, com quem está falando. Ao identificar um comportamento arriscado, devem procurar espaços para a conversa, que também pode ser feita por um tio ou primo mais velho. É importante colocar o jovem na comunidade e fazer uso dela para o bem.”   Gabriela explica que é importante verificar se o jovem está com algum problema e, por isso, resolve participar de brincadeiras perigosas. “Sabemos que tem o comportamento que faz parte do jovem, que é de querer se inserir em um grupo. Mas há casos em que o jovem está em sofrimento e acaba errando ao participar de uma brincadeira. Uma coisa é colocar a mesma calça que um amigo usa e outra é se colocar em risco.”   Em sua conta no Facebook, que estava fora do ar na noite de segunda-feira, 17, Detter costumava colocar informações sobre o universo dos games. Em julho, escreveu: “Meu sonho é morar num cemitério”. A publicação não causou preocupação entre seus amigos. Uma página lamentando a morte do jovem foi criada e já contava com mais de 400 seguidores na segunda-feira.     Danos Monezi explica que, ao se enforcar, há uma obstrução do fluxo sanguíneo que vai para o cérebro e o desmaio é causado por essa falta de oxigenação. “A obstrução do fluxo sanguíneo prejudica o sistema nervoso e pode causar a morte ou causar sequelas. Dependendo do tempo da obstrução, a pessoa pode ter paralisia cerebral, lapsos de memória e perda de função cognitiva. Isso está longe de ser uma brincadeira”, diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.     Fonte: Exame  [:]

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[:pt]Adolescente de 13 anos morre após ser desafiado em “jogo de asfixia”[:]

[:pt] Um adolescente de 13 anos foi encontrado morto neste domingo, 16, com uma corda no pescoço. Segundo os pais, o jovem costumava jogar games online e eles acreditam que a sua morte tenha alguma relação com os desafios propostos por outros participantes. O garoto, chamado de Gustavo Riveiros Detter, morava em São Vicente, litoral de São Paulo. Ele foi encontrado no quarto de seu pai e em frente ao computador. A polícia investiga o que motivou o garoto a se enforcar. As informações são do portal G1.   O estudante utilizou uma corda que sustentava um saco de Box no teto do quarto. Gustavo foi socorrido com vida e encaminhado para o Hospital Municipal de São Vicente na noite deste sábado, 15, e depois foi transferido para o Hospital Ana Costa, onde faleceu. Conforme as informações do tio do menino, quando algum jogador do game League of Legends perdia, era desafiado pelo Choking Game ou “jogo da asfixia” em que induz a pessoa a interromper a circulação de oxigênio, podendo levá-la a óbito ou causar sequelas.   O menino jogava junto com outros três amigos, que se comunicavam por videoconferência. Os colegas supostamente teriam acompanhado o enforcamento do menino de 13 anos. Ao ter acesso as antigas conversas de Gustavo em seu computador e em aplicativos de mensagens, pode-se perceber que o adolescente teria participado do desafio outras vezes.   Quem encontrou Gustavo com aparência “desfalecida” foi a sua prima. Ao vê-lo naquele estado, a menina chamou os tios para reanimá-lo. Às 22h40, os parentes de Gustavo acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para encaminhá-lo ao hospital. O corpo foi velado na manhã desta segunda-feira, 17, na cidade de Santos, litoral paulista.   Alerta O caso de Gustavo trouxe um alerta nacional sobre o risco das brincadeiras perigosas ou para os “jogos de asfixia”, praticados por crianças e adolescentes. A psicóloga do Instituo DimiCuida, Fabiana Vasconcelos, ressalta que esses incidentes não tratam-se de tentativas de suicídios. Os jovens cometem esses erros por conta da euforia oferecida causado pelo desmaio. “Os jovens não têm noção das sequelas e do risco de morte causadas por essas brincadeiras. A euforia é causada pela morte de neurônios”, explicou ao O POVO Online.   Os desafios propostos pelos colegas de Gustavo induzem as pessoas a interromper a circulação de oxigeno. Fabiana ressalta que as crianças e adolescentes estão numa fase de experimentar e de descobertas, na qual saem do primeiro grupo de socialização (a família) para conhecer o mundo externo. “De um modo geral, o jovem não tem o fisiológico nem o psicológico para refletir e julgar suas atitudes. Ele reconhece o risco, mas o seu foco é instintivo, que busca testar os seus limites. É natural do desenvolvimento”, explicou.   Por ser algo inerente à faixa etária, a presença dos pais na vida dos adolescentes torna-se fundamental para orientá-los e contribuir na sua formação psicossocial. O principal problema, visto pela psicóloga, é que essas práticas não são conhecidas pelos pais por estarem inseridas fora do ambiente familiar. “Os pais têm que abrir um caminho para diálogo para que os jovens possam ser ouvidos e tenham a liberdade de compartilhar determinados assuntos de suas vidas”, aconselha.     Fonte: O POVO   [:]

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[:pt]Sergipe participa do 2º Colóquio Internacional sobre Brincadeiras Perigosas no Ceará[:]

[:pt] Por Herieta Schuster   Uma nova moda tem causado preocupação aos pais e profissionais da saúde: as brincadeiras perigosas que jovens e adolescentes estão realizando no Brasil e em países como África do Sul, França e Estados Unidos. São diversos tipos de atitudes que visam reduzir a oxigenação cerebral e, consequentemente, uma sensação de euforia, tontura, parada respiratória, desmaio, podendo chegar até a morte. Pensando em promover uma discussão e troca de informações sobre esse tema, o Instituto Dimicuida, formada por voluntários e familiares que perderam jovens em consequência dessa brincadeira, promoveu, em Fortaleza o 2º Colóquio Internacional sobre Brincadeiras Perigosas, cujo objetivo foi orientar professores e profissionais da saúde sobre a prevenção dessas práticas e mostrar suas consequências. Várias brincadeiras perigosas sempre existiram, porém, com a fácil e instantânea divulgação nas redes sociais e internet, estão se tornando um grande problema para as famílias, escolas, saúde pública e até para a área policial. Com o intuito de promover um debate sobre o assunto, buscando a prevenção para essas atitudes dos jovens, a Secretária do Estado da Saúde, através do médico sanitarista, Almir Santana, foi convidada para ministrar uma conferência  sobre a “Fisiologia da Respiração e os Jogos dos desmaios, e a consequência a sua saúde. “Sergipe foi convidado porque foi o primeiro Estado a abordar o tema “Brincadeiras Perigosas  nas escolas” e queremos levar esse debate para as escolas Sergipanas. Essa  é uma causa que abracei voluntariamente” , relatou  Almir Santana.   Brincadeiras Perigosas   Essa brincadeira consiste em ser desafiado a perder a respiração e a oxigenação cerebral ao ponto do desmaio. O objetivo da prática seria a busca de uma sensação de euforia ou alucinação. A busca é típica da adolescência: experimentar, desafiar e pertencer a grupos e práticas em busca de recompensa subjetiva. A prática, disseminada como inofensiva, torna-se um fator de curiosidade entre grupos, principalmente nas escolas. A experimentação ocorre em sua maioria pela pressão de amigos e sem consciência das possíveis sequelas da prática e do risco de morte. O médico Almir Santana chama atenção para que os pais fiquem atentos ao comportamento dos filhos. “Os pais precisam acompanhar mais os filhos, observando as mudanças súbitas de comportamento, bem como as alterações físicas do jovem ou adolescente. Os professores e coordenadores das escolas também precisam estar atentos às brincadeiras nos intervalos e o que está circulando nas redes sociais que envolvem os alunos. A internet e redes sociais, sem acompanhamento de pais e educadores, são grandes disseminadores das brincadeiras perigosas”, esclarece o sanitarista Almir Santana. Ele também chama atenção para que os profissionais da saúde fiquem atentos às situações que aparentemente parecem suicídio, mas podem ser consequências dessas brincadeiras perigosas. ”É preciso atenção especial às chamadas para atendimento de jovens que passaram mal quando estavam em grupo, brincando com colegas. Os Institutos de criminalística nacionais e profissionais do IML devem ficar atentos às situações consideradas Suicídios que envolvem jovens e adolescentes. Eles podem ter ido a óbito pelas chamadas Brincadeiras de não oxigenação”, alerta o médico  Almir Santana.   Fonte: Secretaria do Estado da Saúde – SE [:]

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[:pt]A importância da autópsia psicológica – Dra. Maria de Fátima Franco dos Santos [:]

[:pt]A autópsia psicológica é um método retrospectivo de avaliação da personalidade de uma pessoa, que não esteja presente, por estar morta, desaparecida ou em coma. Esta forma indireta de se conhecer as características pessoais do indivíduo ausente foi utilizada, pela primeira vez, em Cuba, na década de 1940.

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[:pt]2º Colóquio Internacional no Brasil sobre Brincadeiras Perigosas[:]

[:pt]  Realizaremos nos dias 6 e 7 de outubro, no Hotel Sonata de Iracema (Fortaleza-CE), o 2º Colóquio Internacional no Brasil sobre Brincadeiras Perigosas com o tema ‘A Prevenção na Prática’.   O objetivo do evento é levar o conhecimento dos modelos de prevenção, o mecanismo da respiração e da autópsia psicológica dos jogos de não-oxigenação aos profissionais nas áreas de saúde, educação e segurança pública, assim como, pais e responsáveis. Os jogos de não-oxigenação são “brincadeiras” disseminadas na internet e praticadas por crianças e jovens do mundo inteiro, e que deixam sequelas, muitas vezes irreversíveis, ou levam à morte. O 2º Colóquio Internacional no Brasil sobre Brincadeiras Perigosas será dividido em quatros painéis, direcionados para públicos distintos, como pais, educadores e profissionais da saúde e da segurança pública. O evento será gratuito, mediante inscrição prévia.   INSCRIÇÃO GRATUITA   Confira a programação completa e inscreva-se usando esse formulário:  https://goo.gl/forms/DjdfFUjPjaF7ak4F3     06/10   PAINEL I | A prevenção nas escolas, um método aplicado 8h00 – 8h30 | Acolhida 8h30 – 8h35 | Abertura Instituto DimiCuida – Demétrio Jereissati 8:35 – 10h35 | Programa de Prevenção Erik’s Cause – Um treinamento – Judy Rogg (EUA) 10h35 – 10h50 | Intervalo 10h50 – 11h10 | Programa de Prevenção APEAS – Experiência, estratégia e a sistemática na prevenção dos jogos junto aos estudantes – Françoise Cochet (França) – não presencial 11h10 – 12h10 | Os perigos da internet – ora vítimas, ora infratores – NETHICS – Alessandra Borelli (Brasil) 12h10 – 12h15 | Depoimento   PAINEL I Educadores, psicólogos e assistentes sociais serão apresentados em profundidade aos modelos de prevenção desenvolvidos nos EUA e na França, acrescentados de um conhecimento sobre educação digital. O programa da Erik´s Cause( EUA), que foi implantado nas escolas de Utah, tem uma perspectiva educacional voltada para a neurociência, focando em como formar jovens conscientes de escolhas através da exposição de seu riscos e sequelas da prática. No programa da França, Françoise Cochet, expõe a sua vasta experiência nos programas desenvolvidos para as escolas que vão do Ensino Fundamental I ao Ensino Médio. Para fechar o painel, um olhar atento para Alessandra Borelli, presidente da Nethics – Educação Digital que aborda o assunto internet e juventude, sendo a internet o maior disseminador dos jogos e desafios, mostrando como a vulnerabilidade do jovem usuário pode cruzar a tênue linha que o separa de uma infração.     Painel II | A Mecânica da respiração e sintomas devidos à prática de jogos de não-oxigenação. Atualidades de pesquisa e epidemiologia no mundo 14h – 14h05 | Abertura Instituto DimiCuida – Demétrio Jereissati 14h05 – 15h | O Sistema Respiratório e os Jogos de Não-oxigenação – Dr. Almir Santana (Brasil) 15h – 16h | Como fazer a triagem de uma criança através dos sintomas – Amy Bleak (EUA) 16h – 16h20 | Intervalo 16h20 – 17h20 | Atualidades de pesquisa e epidemiologia dos jogos de não-oxigenação – Juliana Guilheri (França/Brasil) – não presencial 17h20 – 17h30 | Encerramento Dia 1 – Um Depoimento   PAINEL II A saúde está diretamente afetada pelas práticas de não-oxigenação, portanto, o entendimento aprofundado dos mecanismos fisiológicos e biológicos de respiração e de como reconhecer os sintomas gerados pelos jogos e suas repetições são de fundamental importância para o conhecimento clínico dos profissionais de saúde. Dr. Almir Santana apresentará a conexão entre a respiração e como a mesma é afetada pelos jogos de não-oxigenação, enquanto Amy Bleak conduzirá uma explanação de como reconhecer os sintomas da prática nas clinicas, urgências e emergências. Para finalizar, a pesquisadora Juliana Guilheri abordará a epidemiologia da prática no mundo, incluindo o Brasil.     07/10   PAINEL III | A importância da autopsia psicológica no processo investigativo, brincadeiras perigosas identificadas e reconhecidas 8h00 – 8h30 | Acolhida 8h30 – 8h35 | Abertura Instituto DimiCuida – Demétrio Jereissati 8:35 – 9h15 | Brincadeiras Perigosas x Suicídio – Como identificar e diferenciar – Fabiana Vasconcelos e Daniel Franco (Brasil) 9h15 -11h15 | A Ferramenta da Autópsia Psicológica – Dra. Maria de Fátima Franco dos Santos (Brasil) 11h15 – 11h30 | Intervalo 11h30 – 12h30 | Mudando um laudo de suicídio para jogo de não-oxigenação usando a ferramenta autópsia psicológica – Mike Bleak (EUA) 12h30 – 12h35 | Encerramento – Um Depoimento   PAINEL III A morte de jovens em circunstâncias duvidosas, muitas vezes confundidas com suicídio, não passa por processo de investigação cauteloso, levando famílias a nunca entenderem o que aconteceu realmente com seus entes queridos. Direcionado para psicólogos e profissionais da segurança pública, esse painel traz o conhecimento da diferença da motivação de práticas de não-oxigenação e suicídio, apresentados por Fabiana Vasconcelos e Daniel Franco. A Dra. Fatima Santos, especialista no Brasil, apresenta a ferramenta da autópsia psicológica e como a mesma pode ser fundamental nos processos investigativos. O investigador americano Mike Bleak fecha as apresentações da manhã detalhando o uso dessa ferramenta para mudar laudos de suicídio para jogo de não-oxigenação.     PAINEL IV | A era digital e as Brincadeiras Perigosas – O que dizer ao meu filho? 14h – 14h05 | Abertura Instituto DimiCuida – Demétrio Jereissati 14h05 – 16h00 | O que dizer para o meu filho(a)? O Modelo Americano (para aos pais) – Judy Rogg (EUA) 16h00 – 17h00 | Grupo privado IDC Pais, encontro e diálogos – um café 17h00 | Despedida   PAINEL IV Esse bloco está dedicado a pais e responsáveis. A era digital, a socialização via mundo virtual, as novas formas de existir de crianças e jovens podem se tornar um desafio, principalmente no que tange a educação, monitoramento e cuidados com as brincadeiras perigosas, certamente desconhecidas da grande maioria de adultos. Judy Rogg e Instituto DimiCuida virá conduzir um diálogo sobre como e o que dizer aos filhos, de como conhecer as práticas para poder falar delas de forma coerente e precisa com crianças e jovens em casa. No momento final, o IDC reunirá os pais que perderam os seus filhos em virtude das brincadeiras perigosas.     Para

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[:pt]Internet: boa ou má companheira?[:]

[:pt] A internet avançou e continua crescendo em número de usuários adolescentes. Nesse evoluir da comunicação, é preciso compreender que não se trata de visualizar a internet como um mal ou um bem total, mas a maneira como a mesma é utilizada por jovens e monitorada por pais. Varias pesquisas estão sendo concluídas sobre o assunto e fica pertinente saber dos detalhes de como o bom uso da internet pode ocorrer e como usá-la no processo educativo e domestico.   O trecho a seguir, explana um pouco a respeito: “Diante disso podemos perceber o quão elevado está o acesso à Internet pelos jovens, e notar a dependência que começa a surgir pelo mundo virtual nessa fase da vida. Parece iniciar-se então um isolamento social, onde eles se deixam envolver pelos atrativos que a Internet oferece e, muitas vezes, acabam diminuindo a comunicação com suas outras redes sociais, como amigos e familiares (BASMAGE, 2010).   A partir disto, salienta-se para a importância do diálogo entre a família e o adolescente, pois é através dele que poderão ser estabelecidas regras referentes ao local de uso, ao horário limite para se manter conectado, aos sites visitados, aos “amigos” virtuais que se mantém contato. Cabe aos pais e/ou responsáveis sempre estarem atentos aos conteúdos que os jovens estão acessando na Internet e sempre prezar pelo relacionamento pessoal e real de seus filhos com suas redes sociais mais amplas. Ao mesmo tempo, os pais devem acompanhar seus filhos, tendo um diálogo aberto sobre os perigos e benefícios do uso da Internet, alertando-os para que fiquem atentos em suas conexões virtuais. Pais e responsáveis podem acompanhar seus filhos no uso da Internet, não no sentido de impor, mas sim, colocar limites e acompanhá-los no uso do computador, para que estes possam 6 aprender a usar adequadamente esta ferramenta e se proteger dos possíveis perigos que a Internet pode manifestar (EISENSTEIN; ESTEFENON, 2006). Agora, ao refletir sobre um viés positivo, destacamos que a Internet pode ser usada para a comunicação, na busca de informações e serviços online, para o lazer, compras e venda de produtos. Essas são, conforme Mello (2007), em sua dissertação de mestrado sobre representações e o uso da Internet por adolescentes de Florianópolis, as principais atividades realizadas pelos adolescentes, considerados como usuários leves, e, portanto, saudáveis. A Internet também pode ser vista como uma aliada ao desenvolvimento dos adolescentes, na medida em que pode funcionar como um espaço de criatividade, discussões, formações de opiniões e desenvolvimento da escrita, conforme mostra Freitas (2005), em sua pesquisa acerca da criação de sites e blogs realizada por adolescentes.”   Para a pesquisa na integra: http://www.unifra.br/eventos/sepe2011/Trabalhos/1472.pdf [:]

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[:pt]Com internet, responsabilidade de escolas extrapola seus domínios[:]

[:pt]Para o Poder Judiciário a internet não constitui um campo novo de atuação, pois é, sobretudo, um diferente meio para realização de crimes igualmente praticados no mundo real. Tendo como porta de entrada as vulnerabilidades ou a falsa sensação de anonimato, crimes contra a honra (injúria, calúnia e difamação), extorsão, ameaças, pornografia infantil, racismo e muitos outros vêm aumentando a cada minuto na internet. Com a aplicação das legislações penal e civil vigentes, o Judiciário vem coibindo fortemente a sensação de impunidade que persiste em reinar neste ambiente. Rumo a reflexão sobre os impactos da conectividade no ambiente familiar e escolar, comecemos reconhecendo que nunca se ouviu tanto falar em liberdade de expressão e acesso irrestrito a informações. No entanto, muito triste tem sido constatar que quando não as são vítimas, muitos dos crimes contra honra vêm sendo praticados por crianças e adolescentes através da internet. Não criar regras para o uso responsável desta poderosa ferramenta, não conversar sobre os riscos a que estão sujeitos quando utilizada de forma inadequada e, principalmente, deixar de explicar claramente a importância e necessidade de se ater a idade mínima exigida para determinados acessos, podem levar pais a responder, inclusive, pelo crime de negligência. Seja por negligência ou desinformação, os pais que não atribuem ao ambiente virtual o mesmo valor e necessidade de cuidado que o faz no ambiente físico não somente deixam seus filhos vulneráveis a sérios problemas, como também, assumem o risco de serem interpelados judicialmente a ter que indenizar um terceiro por dano causado, uma vez que, de acordo com o artigo 932 do Código Civil, os pais são responsáveis pela reparação civil decorrente de atos ilícitos praticados pelos filhos menores. É claro que dispor de ferramentas tecnológicas que incentivem os alunos e aprimorarem os meios de aprendizagem é muito importante, assim como, no caso do ambiente escolar, a capacitação de professores e alunos para o seu uso adequado. O grande desafio hoje está em como direcionar o uso das TICs para o bem, ou seja, como orientar filhos e educandos a explorar todos os benefícios que este avanço fantástico propicia, compreendendo seus peculiaridades e delicadezas, e, principalmente, auxiliar crianças a adolescentes a sensibilidade para discernir um mal que possa estar falsamente “revestido de bem”. O tema é de tanta importância que deu origem à palestra ministrada por mim, dia 18 de maio, na Bett Brasil Educar, maior congresso sobre educação da América Latina, sobre o uso da internet e suas implicações legais no contexto educacional Os estabelecimentos de ensino, por exemplo, são também responsáveis por contribuir na formação do indivíduo. Com efeito, o artigo 2° da Lei 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) ratificou o previsto no artigo 53 do Estatuto da Criança e do Adolescente, ao atribuir à Educação o compromisso de preparar os educandos para o exercício da cidadania. Aprimorando este entendimento, o inciso IV do artigo 932 do Código Civil, prevê que são também responsáveis pela reparação civil, dentre outros, estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo que para fins de educação, pelos seus educandos. Assim, é preciso admitir que, em tempos de internet, a responsabilidade das instituições de ensino extrapola o que ocorre nos seus domínios. Há de considerar que a escola inicia um importante ciclo da vida em sociedade da criança, é na escola que a criança começa a compreender que apesar de importante sua opinião, não é a única, e gradativamente, que seu direito termina onde começa o do outro. Assim, não se pode dizer que a responsabilidade da escola se restringe a integridade física de seus alunos, mas sim, e, principalmente, por sua integridade moral, já que os danos incidentes sobre esta influenciam substancialmente no processo de aprendizagem. Logo, instituições que adotam o cuidado de tratar do assunto desde o contrato de prestação de serviços firmado com os pais, que atualizam seus regulamentos internos com regras de conduta para o uso da tecnologia, promovem campanhas de conscientização e, principalmente, que praticam a prevenção em sua rotina regular, seja por meio de palestras, workshops ou outras atividades dirigidas ou inseridas nas matérias regulares, certamente, terão seus riscos de responsabilização potencialmente mitigados, além de reduzida a possibilidade de ter seus alunos envolvidos em incidentes digitais. Neste contexto, é válido lembrar que, uma vez prévia e expressamente comunicado, é lícito o monitoramento da escola em seus ambientes físicos e digitais. Quanto a eles, filhos e alunos menores de 18 anos são penalmente inimputáveis (embora passíveis de medidas sócio educativas) e para que civilmente pais e educadores não sofram prejuízos, a palavra de ordem é prevenir, orientando e estabelecendo regras claras de disciplina. Na escola se inicia o mais intenso processo de socialização do indivíduo e se muitos adultos lamentam ter aprendido a usar adequadamente as NTICs a duras penas. A habilidade que possuem com a tecnologia é inversamente proporcional a maturidade e capacidade de compreensão acerca dos riscos e responsabilidades que norteiam o comportamento digital e a que ficam sujeitos. Para sua segurança, da família, seu presente e futuro, jovens necessitam de orientações direcionadas e contínuas sobre educação digital, assim como seus pais que subsidiam seus filhos com aparatos tecnológicos de última geração e acessos de conexão sem estabelecer as regras mínimas de conduta para a utilização. É preciso discutir sobre os direitos e oportunidades que nos estão sendo oferecidos sim (que são muitos), além de debater os respectivos deveres, riscos e responsabilidades. Não por acaso, o artigo 26 da lei 12965/14 (Marco Civil da Internet) estabeleceu como dever constitucional do Estado a inclusão da capacitação, integrada a outras práticas educacionais, para o uso seguro, consciente e responsável da internet como ferramenta para o exercício da cidadania, a promoção da cultura e o desenvolvimento tecnológico. É preciso compreender que tais medidas não constituem ônus mas bônus, pois podem contribuir muito para a redução de incidentes digitais nestes ambientes ou fora deles, envolvendo seus discentes e docentes. E, por derradeiro, não poderia deixar de tecer um singelo comentário a relevante e recentemente sancionada Lei

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[:pt]’Brincadeiras perigosas’ ameaçam crianças e jovens[:]

[:pt] Jogos de não oxigenação do cérebro normalmente divulgados pela internet já fazem vítimas no Brasil. Pesquisa revela que 49% dos entrevistados já participaram da prática pelo menos uma vez na vida   Uma prática divulgada como “inofensiva” em canais do YouTube e redes sociais pode levar adolescentes à morte. Chamadas de “brincadeiras perigosas” ou “jogos do desmaio”, entre outros nomes presentes em milhares de vídeos disponíveis na internet, os “desafios” que provocam a não oxigenação do cérebro por sufocamento ou inalação de substâncias químicas fáceis de encontrar na casa de qualquer família começam a chamar a atenção de pais e educadores.   Há cerca de dez dias, um rapaz de 21 anos foi encontrado morto em Apucarana supostamente após inalar gás butano, um dos produtos usados nas “brincadeiras”. Conforme o delegado-chefe da Polícia Civil no município, José Aparecido Jacovós, ele foi encontrado morto ao lado de um tubo do produto. “Concluímos que foi por inalação, mas ainda estamos fazendo exames”, disse. Recentemente, a morte de uma estudante de 18 anos, no interior paulista, após inalar gás de buzina, reacendeu a preocupação em relação aos desafios.   Enganam-se os que pensam que os jogos são praticados apenas por adolescentes “problemáticos” ou com tendências suicidas. Pesquisa que está sendo conduzida por Juliana Guilheri, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ouviu mais de 1,3 mil crianças e adolescentes brasileiros e constatou que, entre os entrevistados, 49% já tinha praticado algum jogo de não oxigenação pelo menos uma vez na vida. A informação foi divulgada pela psicóloga Fabiana Vasconcelos, membro do comitê de educação do Instituto Dimi Cuida, de Fortaleza (CE), criado pela família de um adolescente de 16 anos que morreu após praticar um destes jogos.   Segundo ela, a pesquisadora também identificou que a prática trazia uma certa euforia interna associada ao prazer em algumas crianças. “Na verdade, são células neuronais morrendo”, esclarece, destacando que isto explica, em parte, o fato de praticantes voltarem a repetir os jogos. A maioria deles são meninos e, segundo a psicóloga, 30% aderem aos jogos por pressão dos pares. “Outra parcela é motivada pelo risco, pela adrenalina”, esclarece.     IMAGINÁRIO A única certeza é que, graças à internet, os jogos infelizmente já fazem parte do imaginário das crianças e adolescentes brasileiros. “Fazemos palestras sobre o assunto e sempre há relatos de pessoas que, após tomarem conhecimento da prática, despertam para a possibilidade de que conhecidos podem ter realizado o jogo e, inclusive, morrido por esta causa.”   Outro ponto destacado é que os adolescentes atuais não se espelham mais em modelos adultos, mas em jovens da mesma idade, principalmente aqueles que se transformam em celebridades na internet. “São pessoas que ditam comportamentos e acabam incentivando a prática dos jogos”, lamenta.   Fabiana acrescenta que os adolescentes estão praticando as brincadeiras de não oxigenação sem calcular os riscos, que podem ser desde sequelas como perda da visão e capacidade de cognição até a morte. “O problema é que os pais nem sabem da existência destes desafios. Eles alertam sobre drogas, ensinam sobre sexo e até sobre a própria internet, mas não imaginam que os jogos existam”, diz. Por isso, é sempre um choque quando a possibilidade de um adolescente ter morrido por causa das brincadeiras de não oxigenação aparece, como ocorreu com as nove famílias atendidas atualmente pelo Instituto Dimi Cuida. “Todos os casos foram registrados a partir de 2014”, relata.   A própria família do adolescente que deu nome à instituição só levantou a possibilidade porque não enxergava no filho o perfil de um suicida. “Ele tinha uma família equilibrada e uma vida ativa. Era muito curioso e provavelmente conheceu o jogo na internet”, lamenta Fabiana. Após descobrirem que o filho morreu em função das brincadeiras, os pais de Dimi resolveram iniciar a campanha e criaram o instituto, com apoio de instituições semelhantes na França e nos Estados Unidos.   Em caso de suspeita sobre as brincadeiras, Fabiana orienta que a família não deve tentar resolver sem ajuda. No site do instituto (www.dimicuida.org.br), há muitas informações sobre o assunto. A prevenção, segundo ela, deve ser baseada principalmente no alerta sobre as sequelas que as brincadeiras podem provocar. “O cérebro do adolescente está em formação e pode ser muito prejudicado pela falta de oxigenação”, diz. Outro cuidado, segundo a psicóloga, é não “dar ideia” sobre a prática ao abordar os filhos.       Reportagem feita pela Folha de Londrina Carolina Avansini [:]

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