[:pt]Os casos recentes (nos EUA) do uso da super cola de madeira nos cabelos, primeiramente, geraram grande comoção, visto que uma mulher teve que ser levada ao hospital e passou mais de um mês para se aproximar de uma recuperação. Precisando de apoio financeiro, ela abriu um fundo coletivo para arrecadar dinheiro de pessoas físicas.
Logo depois, uma segunda influenciadora digital resolveu fazer o mesmo desafio e a jornada desastrosa da super cola se repetiu. Porém, tanto o público, quanto os moderadores do fundo coletivo de arrecadação começaram a considerar o ato como proposital e com intuito de extorsão. O caso está, inclusive, sendo investigado.
Em outro momento, dois jovens cobriram seus rostos com cera quente e alcançaram grande projeção midiática, gerando um alerta de profissionais da saúde sobre o risco de asfixia.
Essa máquina de gerar acidentes no meio virtual, de se colocar numa condição de perigo, de exposição da sua tragédia pode, sim, gerar lucros nas plataformas de vídeo. É assim que seguem os inúmeros canais de vídeos de desafios no Brasil. Os acidentes graves são na grande maioria desconhecidos e não ganham a popularidade da ação que os criou. As vítimas são nomes nunca famosos, a maior parte adolescentes entre 9 e 16 anos.
As ações do poder público seguem silenciosas, enquanto os gigantes do mundo corporativo online seguem lucrando. Cabe à sociedade civil estar atenta, em alerta e cobrar leis mais rigorosas e fiscalização destes meios virtuais.[:]