Mauna – Página: 7 – Instituto DimiCuida

Author name: Mauna

[:pt]Brincadeiras perigosas – Comportamento[:]

[:pt] Sem medir consequências, crianças e adolescentes aceitam participar de jogos e desafios (brincadeiras perigosas) que podem causar a morte.   Canela, desodorante, preservativo, talco, gelo, sal. Elementos comuns e presentes em qualquer residência têm sido usados por crianças e adolescentes em “desafios”, que muitas vezes acabam em tragédia. Em outras vezes, buscando induzir um estado de euforia, inalam gás de buzina, desodorante ou até provocam desmaios no chamado jogo da asfixia, também com consequências fatais. Recentemente uma jovem morreu por parada cardíaca no interior paulista, depois de inalar gás de buzina.   A situação é bastante assustadora, já que os pais não podem estar presentes o tempo todo junto aos filhos, por isso a melhor prevenção ainda é o diálogo, seguido do monitoramento da internet. A opinião é da psicóloga Fabiana Medeiros Vasconcelos, do Instituto DimiCuida, de Fortaleza. Criado pelos pais de uma vítima do jogo da asfixia, o Instituto se dedica a alertar e instruir pais e professores sobre os riscos dos jogos de não-oxigenação. Outros países têm grupos semelhantes, já que as brincadeiras perigosas não são exclusivas dos jovens brasileiros.   “A prática é desconhecida como algo perigoso e há um silêncio sobre o assunto. As famílias (das vítimas) se resguardam por causa do julgamento. Essa crítica impede que a sociedade fale sobre isso”, diz. Outro ponto importante é que, segundo a psicóloga, os legistas determinam a morte como suicídio e, por isso, não há investigação. Desta maneira os jovens continuam praticando o jogo e os pais desconhecendo o assunto.   Fabiana diz que descobrir porque os jovens fazem isso é a grande pergunta. “O processo de arriscar, de saber quem você é no mundo, não é novo. O novo veio da internet e da competição. Estamos em uma era onde não há espaço para todos. Não há três primeiros lugares. Os jovens querem se sobressair e a escola tem que retomar o trabalho de valorização humana, da convivência. O jovem precisa ter o direito de escolha de como será o seu sucesso. Por outro lado, temos uma sociedade sufocada, sem tempo. Os casos de ansiedade na escola estão aumentando e a criança não tolera falhar”, afirma.   A psicóloga também afirma que há dois extremos entre as crianças e adolescentes que participam das brincadeiras perigosas. De um lado estão aquelas que são introvertidas, com maior dificuldade de participar de grupos e por isso acabam se submetendo porque desejam fazer parte desse grupo. Do outro, as crianças muito extrovertidas, que aceitam todos os desafios, são curiosas e gostam de aparecer, que gostam de adrenalina. “Para esses pais indicamos direcionar o filho para atividades como skate, surfe e outros que têm adrenalina mas com mais segurança.”   A especialista chama a atenção para o fato de que as vítimas dessas brincadeiras não tinham perfil suicida, ou seja, não eram jovens em sofrimento psíquico, com a visão de que tudo ao redor perdeu o sentido. “Muitos dos jogos são feitos em grupo, com todos rindo e brincando. O problema ocorre quando o socorro não chega a tempo ou o adolescente resolve fazer a ‘brincadeira’ sozinho. Ele assiste o grupo fazendo e não quer fazer porque tem medo de desistir na hora. Resolve fazer sozinho em casa e pode não haver socorro a tempo”, alerta Fabiana.   Fonte: Folha de Londrina – Jornal do Paraná  [:]

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[:pt]Controle Parental de Eletrônicos[:]

[:pt]  Quando levamos a informação sobre as brincadeiras perigosas para pais, temos sempre o foco de perguntas e dúvidas voltado para a educação digital: como monitorar, como controlar o uso, como saber o que está sendo pesquisado na internet? Essas perguntas estão englobadas em questionamentos maiores acerca da nossa vida digital, dentre elas, como uma criança ou adolescente é permitido o uso de eletrônicos porque assim existe um controle sobre o comportamento, mas também porque adultos estão a mercê de seus próprios hábitos ligados a smartphones e computadores.   Para começar, pais da era digital não estão isentos de responsabilidades e que agora permeiam o aprender mais sobre os meandros de como monitorar horas de uso de eletrônicos, combinado com uma constante necessidade de se desenvolver e constituir um ambiente familiar no qual os membros dessa família consigam travar diálogos, gerar intimidade e confiança. Isso tudo, longe das conexões virtuais. Havemos de equilibrar o contato pessoal e físico com as verdadeiras necessidades virtuais.   Num segundo ponto, é preciso um pouco de tempo e uma pitada de dedicação para aprender os meios pelo qual se monitora e controla o uso de eletrônicos em casa. A Nethics oferece um guia fácil de como fazer esse controle em diferentes sistemas operacionais, incluindo os principais usos de aparelhos: smartphones e computadores. Segue aqui a página que ensina como fazer, além de oferecer opções de software de controle parental:  http://www.controleparentalfacil.com.br/   “Os softwares de controle parental são ótimos aliados no combate aos crimes digitais praticados contra e pelas próprias crianças e adolescentes. São capazes de filtrar e bloquear o acesso a conteúdos inadequados, limitar o tempo de permanência na internet, entre outros. No entanto, é preciso reconhecer que nenhum filtro de segurança é 100% eficaz e que a educação é sem dúvida o melhor e mais seguro mecanismo de controle. Conversar com os jovens e ilustrar, sempre que possível, os argumentos que sustentam determinadas proibições demonstram comprovados e eficientes resultados.” [:]

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[:pt]Você conhece os produtos que está comprando?[:en]Você conhece o produto que está comprando?[:fr]Você conhece o produto que está comprando?[:]

[:pt] Maria Luiza, 18 anos. Jovem vitimada pelo uso de produtos confeccionados com gases letais. As luzes se apagam para o futuro de uma menina. Sua família sofre, e mais ainda, com uma sociedade que se defende no julgamento.   Como sociedade, somos responsáveis pelo bem-estar de todos os jovens, somos então condizentes com aceitar a produção e venda desregulamentada de produtos confeccionados com gases letais e de fácil acesso à todos, sem restrição de idade ou alerta de seus malefícios. Jovens estão na busca, não somente de conhecer a si mesmo, os limites desse novo corpo que floresce mas desafia, como ainda não estão preparados em desenvolvimento neuronal para considerar todas as conseqüências de um ato.   A busca pela emoção e o foco na recompensa são sinônimo de adolescer. Enquanto adultos, somos responsáveis por estar alerta para os males que surgem, educar, direcionar, monitorar, prevenir e ter certeza de que a contemporaneidade, a internet e seus desafios associados aos elementos já citados não levem a vida de mais jovens.   O que podemos fazer em nome de Maria Luiza e sua família é trabalhar juntos para levar o conhecimento, a compreensão e a prevenção até pais, educadores e jovens acerca dos jogos de não-oxigenação. É ter ainda a certeza de que lutamos para que a venda de produtos no Brasil não seja sem medidas de segurança.   O Instituto DimiCuida abraça também a causa de lutar pela ausência de produtos spray fabricados com butano e propano que são utilizados diariamente sem seus fabricantes sofrerem nenhuma conseqüência quanto aos danos que causam.     Cumprido com nossa missão de informar, segue abaixo os riscos e conseqüências da utilização do gás de buzina para recreação:   – Pode produzir infarto agudo do miocárdio – Pode levar ao coma – Pode produzir efeitos de confusão mental, euforia e alucinações – Asfixia, ou seja, produção de baixa concentração de oxigênio no sangue – Possível ação direta no sistema nervoso central – Tontura, mal estar, vômitos – O uso crônico desse gás, como droga adição, pode produzir problemas definitivos no cérebro, com perda de raciocínio e de memória, além de falta de apetite e perda de peso, sonolência constante, sangramentos nasais por irritação local, ulcerações na boca e no nariz, e conjuntivites nos olhos. – O gás inalado entra no sistema respiratório numa temperatura de -20C, causando queimaduras internas por congelamento que são de difícil cicatrização e tratamento.     Curta nossa página no Facebook: Instituto DimiCuida [:]

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[:pt]Responsabilidade e vulnerabilidade – compartilhar vídeos[:]

[:pt] A opção de compartilhamento em redes sociais como Facebook e WhatsApp é uma “mão na roda” para pessoas que gostam de dividir momentos com amigos e familiares. Inicialmente, ao contrário do Facebook, o compartilhamento do WhatsApp acontecia individualmente. O que não impedia desse material circular, porém era algo mais demorado e “trabalhoso”. Agora, com a possibilidade de se montar grupos, uma foto, por exemplo, pode estar na mão de dezenas de pessoas em questão de segundos. Uma mãe orgulhosa pode compartilhar o vídeo dos primeiros passos do seu filho no grupo, com membros de sua família, pouco tempo depois da ação do bebê. Contudo, é possível também que um vídeo de conteúdo nocivo seja divulgado em grupos que possuem adolescentes e até mesmo crianças, sem nenhuma censura. É o que acontece muitas vezes com vídeos das práticas das brincadeiras de não-oxigenação.   Alguns grupos são compostos apenas por adolescentes, como de uma turma da escola ou do condomínio onde vivem. Outros podem conter tanto adolescentes como adultos, podendo ser grupos de família ou até mesmo grupos que tenham como objetivo conversar sobre um interesse em comum, sendo um artista, filmes, livros, entre outros temas. Os membros desses últimos citados muitas vezes ficam sabendo da existência dos grupos graças à divulgações em outras redes sociais, como o Facebook. Postam seus números de telefone e, após isso, são inseridos. O perigo desses grupos é que geralmente não existe nenhum requisito para fazer parte: se há interesse, publica o número do telefone e minutos depois já pode ser membro.   Mas qual é o problema então desses grupos se tem como tema assuntos tão inofensivos como filmes, livros e artistas? O problema é que muitas vezes o grupo perde o foco. Começa com uma foto de “bom dia” aqui, um áudio engraçado ali, um vídeo que está fazendo sucesso na internet acolá. Com isso, a probabilidade de vídeos com conteúdos de crianças e adolescentes praticando brincadeiras de não-oxigenação serem compartilhados e ficarem disponíveis nos smartphones desses membros é enorme. A facilidade de acesso dos jovens a esses vídeos proporciona curiosidade e interesse na atividade, levando, assim, à prática.   É essencial que adultos que fazem parte desses grupos ou que tenha acesso a esses vídeos de alguma forma, denunciem e alertem do quão perigoso é o compartilhamento dos vídeos onde há explícita a atividade, influenciando outras crianças e adolescentes e, consequentemente, pondo vidas em risco.       Texto por: Ana Beatriz Medeiros Colaboradora voluntária e estudante da Fanor.    [:]

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[:pt]Celular todo dia e a era dos desafios[:]

[:pt] Sabemos da grandiosidade da internet. Sabemos também em como ela mudou as nossas vidas de uns 15 anos para cá. Além de tudo, sabemos como a internet facilitou a tomada de muitas decisões e a conquista de feitos da nossa civilização pós-moderna. Contudo, será que paramos para pensar nos pontos negativos dessa rede mundial que faz parte do nosso cotidiano? Melhor, será que paramos para pensar na influência da internet, das redes sociais na vida dos nossos adolescentes, esses seres em pleno desenvolvimento, que passam por mudanças constantes em todos os âmbitos (físicas, psicológicas, emocionais, e cognitivos)?   As redes sociais tornaram-se uma ferramenta utilizada para comunicação e atualização sobre pessoas e assuntos de nosso interesse. Segundo dados da Pesquisa Brasileira de Mídia, elaborada pela Secretaria de Comunicação Social, em 2015, 65% dos jovens brasileiros com até 25 anos acessam a internet todos os dias; em contrapartida, os usuários que possuem mais de 65 anos, a porcentagem é de somente 4%. A pesquisa também afirma que 71% acessam a internet via computador e 66% via smartphone. A frequente utilização destes serviços traz vantagens e desvantagens para seus usuários.   A principal vantagem é a troca de mensagens instantâneas que as redes sociais nos oferecem, o que facilita bastante na comunicação. Outra vantagem é o compartilhamento de informações e notícias e divulgação de conteúdo para o mundo inteiro em questão de segundos. Podemos citar também a possibilidade de reunir e fazer novos amigos que possuem interesses em comum.   Por outro lado, pensemos em como os usuários, principalmente os adolescentes, estão expostos nas redes sociais. A possibilidade de ter dados, fotos, informações indesejadas divulgadas de forma acidental é enorme. A influência que a internet possui para os adolescentes também podem causar desvantagens. Muitos jovens utilizam as redes sociais para se auto-afirmarem e tudo bem se isso for feito com moderação. Muitos ultrapassam a linha do bom senso e tentam se auto-afirmar afetando outros, causando, com isso, o cyberbullying. Outra consequência de uma auto-afirmação excessiva é a necessidade de chamar atenção a ponto de se prejudicar de várias formas. A propagação de vídeos em sites como YouTube de brincadeiras, jogos e desafios elaborados por jovens e adolescentes influencia outros jovens a praticar estas atividades, sendo um dos motivos que levam adolescentes a participar das brincadeiras de não-oxigenação.   Veja uma pesquisa sobre o uso excessivo da internet por meio do celular pelos jovens: http://tecnologia.uol.com.br/noticias/redacao/2015/07/28/80-dos-jovens-e-criancas-acessam-a-internet-pelo-celular-todos-os-dias.htm     Texto por: Ana Beatriz Medeiros Colaboradora voluntária e estudante da Fanor.    [:]

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Quando o desconhecido se revela presente

  O Instituto DimiCuida inicia 2016 com participação nas Semanas Pedagógicas de escolas em Fortaleza – Ceará. Nesse momento, fazemos uma apresentação interativa de diálogos com os participantes, compostos, em sua maioria, por educadores de sala de aula. Dentro do processo de conhecer sobre a prática do jogo do desmaio a partir do olhar do educador, o saber sobre esse fenômeno vai se elaborando dentro da esfera pessoal e aos poucos os participantes se posicionam como pais, mães e responsáveis por crianças e adolescentes num nível de reconhecimento dos riscos. Esse processo de compreensão instiga a necessidade de reconhecer no passado se, em algum lugar, a prática do jogo do desmaio esteve presente, porém não identificada.   Saber que algo existe e suas peculiaridades, torna o que era fundo, figura. O desconhecido se revela como presente. O que temos experienciado, sem exceção, é que em cada apresentação foi feito um reconhecimento de um acidente de um jovem pelo jogo do desmaio, caso que nunca foi solucionado para a família e que leva a lutos complicados e até desmembramentos desses núcleos familiares. O que nos aponta para uma urgência de métodos investigativos que possam concluir a causa do acidente, de forma clara e explanatória, para a família. Abrem-se assim espaços para que o jogo possa ser conhecido como de risco e medidas preventivas estejam sendo criadas e utilizadas para evitar a perda de tantos jovens.   Nos EUA, uma mãe que não se conformava com a ideia obscura e sem sentido de seu filho ter tirado a própria vida, foi aos poucos e por contra própria, descobrindo que o filho tinha participado do jogo do desmaio com um amigo. A pista apareceu no celular do jovem, onde havia sido gravado uma das vezes na qual ele e o amigo haviam praticado o jogo até o ponto do desmaio. Se essa mãe tivesse apoio de um sistema de segurança e saúde publica, poderia ter sido evitado um adicional de dor e incompreensão no processo de luto, mais ainda, talvez o jovem não tivesse perdido a vida.   Segue artigo da matéria: http://www.krdo.com/news/mom-believes-son-died-from-choking-game-not-suicide-in-middle-school-bathroom/25101858    

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[:pt]É preciso quebrar o silêncio e prevenir![:en]É preciso quebrar o silêncio e prevenir!![:fr]É preciso quebrar o silêncio e prevenir!!![:]

[:pt] Silenciosa e sorrateiramente, o jogo do desmaio continua se propagando e tirando a vida de crianças ao redor do mundo. Estamos ainda, como sociedade, pondo uma cortina sobre essa prática e muito sobre a forma contemporânea de viver dos jovens.   O jogo do desmaio, propagado pela informação passada por colegas, principalmente em escolas e condomínios, continua a ser visto como uma brincadeira, desconhecida dos adultos e apelativa aos jovens pela aparente visão de ludicidade atribuída à prática.   Essa semana, nos EUA, um jovem de 13 anos foi levado à morte ao praticar em casa. Quando o jovem decide tentar o “jogo” em casa e sozinho, a incidência de vítimas aumenta. Os possíveis socorros devem ser aplicados entre 3 e 5 minutos e, estando só, o mesmo não tem como pedir o socorro. Muitas vezes, a prática entre 11 e 13 anos causa o maior número de vítimas.   O silêncio e denegação desse fenômeno em escolas tem contribuído para um ciclo que leva jovens a não reconhecerem e entenderem os riscos e consequências para a saúde e para a vida. Fora a morte, a prática pode levar a sérias sequelas: perda de cognição, cegueira e outros sérios danos neuronais que podem impedir o jovem de levar uma vida saudável e plena.     Para a matéria do acidente nos EUA, segue o link: http://fox13now.com/2015/12/21/13-year-old-found-dead-after-playing-choking-game-family-says/ [:en] Silenciosa e sorrateiramente, o jogo do desmaio continua se propagando e tirando a vida de crianças ao redor do mundo.. Estamos ainda, como sociedade, pondo uma cortina sobre essa prática e muito sobre a forma contemporânea de viver dos jovens.   O jogo do desmaio, propagado pela informação passada por colegas, principalmente em escolas e condomínios, continua a ser visto como uma brincadeira, desconhecida dos adultos e apelativa aos jovens pela aparente visão de ludicidade atribuída à prática.   Essa semana, nos EUA, um jovem de 13 anos foi levado à morte ao praticar em casa. Quando o jovem decide tentar o “jogo” em casa e sozinho, a incidência de vítimas aumenta. Os possíveis socorros devem ser aplicados entre 3 e 5 minutos e, estando só, o mesmo não tem como pedir o socorro. Muitas vezes, a prática entre 11 e 13 anos causa o maior número de vítimas.   O silêncio e denegação desse fenômeno em escolas tem contribuído para um ciclo que leva jovens a não reconhecerem e entenderem os riscos e consequências para a saúde e para a vida. Fora a morte, a prática pode levar a sérias sequelas: perda de cognição, cegueira e outros sérios danos neuronais que podem impedir o jovem de levar uma vida saudável e plena.     Para a matéria do acidente nos EUA, segue o link: http://fox13now.com/2015/12/21/13-year-old-found-dead-after-playing-choking-game-family-says/ [:fr] Silenciosa e sorrateiramente, o jogo do desmaio continua se propagando e tirando a vida de crianças ao redor do mundo… Estamos ainda, como sociedade, pondo uma cortina sobre essa prática e muito sobre a forma contemporânea de viver dos jovens.   O jogo do desmaio, propagado pela informação passada por colegas, principalmente em escolas e condomínios, continua a ser visto como uma brincadeira, desconhecida dos adultos e apelativa aos jovens pela aparente visão de ludicidade atribuída à prática.   Essa semana, nos EUA, um jovem de 13 anos foi levado à morte ao praticar em casa. Quando o jovem decide tentar o “jogo” em casa e sozinho, a incidência de vítimas aumenta. Os possíveis socorros devem ser aplicados entre 3 e 5 minutos e, estando só, o mesmo não tem como pedir o socorro. Muitas vezes, a prática entre 11 e 13 anos causa o maior número de vítimas.   O silêncio e denegação desse fenômeno em escolas tem contribuído para um ciclo que leva jovens a não reconhecerem e entenderem os riscos e consequências para a saúde e para a vida. Fora a morte, a prática pode levar a sérias sequelas: perda de cognição, cegueira e outros sérios danos neuronais que podem impedir o jovem de levar uma vida saudável e plena.     Para a matéria do acidente nos EUA, segue o link: http://fox13now.com/2015/12/21/13-year-old-found-dead-after-playing-choking-game-family-says/ [:]

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Adolescência e contemporaneidade: efeitos na educação

Estamos assistindo jovens sucumbirem à práticas potencialmente fatais, advindas de uma perspectiva de existir na contemporaneidade apenas pelo que é pautado no aqui e agora. De onde viriam as motivações para usufruir do corpo e mente nesse vazio de reflexão sobre as consequências de tais práticas? Nos parece uma missão impossível educar adolescentes na atualidade, como dirá a pesquisadora Beatriz Gutierra nos seu artigo sobre esse tema. Aos que questionam, afirma-se uma direção que envolve a educação e as modalidades de formar jovens dentro e fora das escolas. A autora explica com conhecimento sobre esse fenômeno:   ‘Estamos em um tempo de declínio do valor da educação na constituição dos sujeitos, tendo em vista a sociedade de espetáculo na qual vivemos onde o importante é ter fama, sendo o saber, a cultura, quase que dispensáveis para que o jovem estabeleça o laço social e se sinta reconhecido na sociedade.   Além disso, a escola e o saber por ela veiculado perdem o valor numa sociedade marcada pelo declínio da imago social paterna.   Trata-se do declínio daquilo que no social funcionaria como referência simbólica e indicaria a possibilidade de um laço social atrelado às leis, tradições e imagens ideais. Neste sentido não são transmitidos aos jovens as leis que regulariam as relações, e o que se prega, na verdade, é o imperativo do gozo absoluto, não delimitado pela castração simbólica.   O ideal maciço transmitido à juventude é aquele que prega a satisfação narcísica. Para se realizar deve-se gozar dos objetos no aqui e agora, sem interdições que lançariam o sujeito num processo desejante. Este imperativo do gozo sob o qual estamos submetidos na modernidade situa a droga, por exemplo, como objeto de puro gozo, com um fim em si mesmo. A violência e as relações afetivas fragilizadas na atualidade denunciam este imperativo, onde na relação com o outro se baseia na usurpação dos objetos e na indiferença. O outro é puro objeto de gozo.”   Ela diz ainda de como o adolescente está sendo moldado por um social que almeja o prazer imediato e não vislumbra ideais de futuro, uma substituição dos referenciais e modelos adultos pelos pares:   “Os adolescentes são como “antenas parabólicas” captando este discurso e atuando-o prontamente. Os grupos de pares que até então se constituíam enquanto suportes simbólicos de identificação são, na atualidade, aglomerações narcísicas que atuam o excesso de agressividade na relação com o outro. A escola e seus professores, em sua tentativa de transmissão de ideais (quando realmente assumem sua missão), enfrentam um sujeito adolescente imerso no discurso social que apregoa o gozo em detrimento do processo desejante mediado por ideais. Estamos diante de uma luta inglória…”   As práticas de brincadeiras perigosas já foram confirmadas como pesadamente influenciadas pelos pares e um novo posicionamento de educadores em relação aos jovens seria preciso para redirecionar a atenção e motivação do jovem contemporâneo:   “O adolescente é visto como: engraçado, criativo, porém necessitando de atenção, esteio e referência de pessoas que possam estar num lugar de orientador (formador). Os adolescentes são encarados, ainda, como capazes de aprender, como detentores de um saber próprio. Possuem uma visão crítica sobre o mundo e são capazes de se responsabilizarem por seus atos e palavras.   São professores sensibilizados com as questões da adolescência, e que oferecem espaço para que sejam discutidas durante alguns momentos na sala de aula, sem abdicar de sua função enquanto responsável pela transmissão de conteúdos formais. A relação destes professores com sua função e com as atividades e conteúdos transmitidos é marcada por uma extrema vivacidade. Estes professores subjetivam o conteúdo transmitido. Transmitem o conteúdo de forma viva, envolvente, pois ele é considerado importante pelo próprio professor. O resultado é a “conquista do aluno” (sic.).   Esta relação com o saber e com o ensinar, marcada pelo desejo que a torna viva, parece possibilitar a transmissão de um desejo de saber para os alunos. São professores que produzem uma transferência de trabalho, pois eles estão constantemente a trabalhar, a buscar novas significações. A relação com o ensinar é atravessada pelo aprender constante. Daí ser possível que, os alunos, olhando para um adulto em processo de re-significar e trabalhar com os conteúdos de forma viva, possam fazê-lo também, envolvendo-se com o processo de aprendizagem.”   Para ler o artigo na íntegra: http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000082005000200035&script=sci_arttext    

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Bullying nas escolas

Bullying, essa palavra que não achou sua identidade em português, tem se propagado como prática de violência nas escolas brasileiras na última década, estando a mesma associada diretamente com a prática do “jogo do desmaio”. Para entender o sentido, traduzindo a palavra temos: intimidação, maus-tratos, agressão verbal, física e virtual. A Plan Brasil realizou uma pesquisa sobre o bullying no ambiente escolar em 2009 e chegaram a conclusões que nos levam a pensar mais seriamente sobre esse fenômeno:   “A ocorrência do bullying emerge em um clima generalizado de violência no ambiente escolar, considerando-se que 70% da amostra de estudantes responderam ter presenciado cenas de agressões entre colegas, enquanto 30% deles declararam ter vivenciado ao menos uma situação violenta no mesmo período.”   E ainda:   “A pesquisa mostra que o bullying é mais comum nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do País e que a incidência maior está entre os adolescentes na faixa de 11 a 15 anos de idade e alocados na sexta série do ensino fundamental. Quanto aos motivos que os levam a sofrer ou a praticar agressões, os participantes tiveram dificuldade para indicar. No entanto, tendem a considerar que os agressores buscam obter popularidade junto aos colegas, que necessitam ser aceitos pelo grupo de referência e que se sentiram poderosos em relação aos demais, tendo esse “status” reconhecido na medida em que seus atos são observados e, de certa forma, consentidos pela omissão e falta de reação dos atores envolvidos. Já as vitimas são sempre descritas pelos respondentes como pessoas que apresentam alguma diferença em relação aos demais colegas, como um traço físico marcante, algum tipo de necessidade especial, o uso de vestimentas consideradas diferentes, a posse de objetos ou o consumo de bens indicativos de status sócio- econômico superior ao dos demais alunos. Elas são vistas pelo conjunto de respondentes como pessoas tímidas, inseguras e passivas, o que faz com que os agressores as considerem merecedoras das agressões dado seu comportamento frágil e inibido.”   Na capacidade de considerações, a pesquisa aponta:   – As escolas devem procurar diagnosticar, sistematicamente, a emergência de casos de bullying e outras formas de violência nas relações interpessoais, de modo a estabelecer metas objetivas de redução e eliminação do fenômeno no âmbito dos seus planejamentos estratégico e pedagógico.   – Profissionais atuantes em escolas de ensino fundamental, independentemente dos níveis funcionais e cargos ocupados, devem ser capacitados para assumir medidas de restrição e controle da violência no ambiente escolar.   – A gestão escolar deve incorporar atribuições de prevenção e controle da violência, que podem ser exercidas de forma integrada com outras instituições do Estado – segurança publica; polícias civil, militar, municipal, comunitária; conselhos municipais etc. – e da sociedade civil – associações de moradores, ONGs, fundações empresariais, movimentos sociais etc.”   Para ler a pesquisa na íntegra: http://arquivo.campanhaeducacao.org.br/semana/2011/pesquisa_plan_resumo.pdf    

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