Não-Oxigenação

[:pt]Brasil x Itália: regulações de proteção da criança e do adolescente no uso da internet[:]

[:pt]Mortes e acidentes por brincadeiras perigosas não são uma exclusividade do Brasil, mas como as autoridades de cada país lidam com isso, pode ter uma diferença absurda.   Em janeiro deste ano, uma criança italiana de 10 anos veio a óbito após replicar um desafio de asfixia disseminado via Tiktok. O Governo do País imediatamente bloqueou o uso do TikTok até 15 de fevereiro para os usuários que não confirmarem a idade. Isso aconteceu porque, segundo a lei italiana, menores de 13 anos não podem ter acesso ao aplicativo e a partir dos 14 anos devem ter o consentimento dos pais.   No Brasil, temos um total de 45 casos de crianças e adolescentes vítimas das brincadeiras perigosas disseminadas na internet, sendo 18 acidentes com sequelas e 25 vítimas fatais, segundo um levantamento informal feito pelo IDC de 2014 a 2020. Alguns casos tiveram ampla repercussão midiática, como o caso da pequena Adrielly Gonçalves, 7 anos, que perdeu a vida após imitar um outro desafio do Youtube em 2018.   Infelizmente, no caso do Brasil, não tomamos conhecimento se alguém foi responsabilizado, se a plataforma de vídeo sofreu algum bloqueio, se foi exigida alguma providência ou alteração nas políticas de privacidade, idade e/ou conteúdo.   Em dezembro, o Instituto Dimicuida teve causa ganha num processo para a retirada de vídeos de desafios perigosos do YouTube. Mas numa busca rápida nas duas plataformas de vídeo citadas nesse texto, você encontrará incontáveis vídeos dos mesmo desafios que vitimaram essas crianças e muitos outros tão letais quanto. Pelas nossas leis de regulação, o juiz tem que assistir a cada URL enviada para retirada e decidir se deve ou não proceder. Esse tempo não permite que os canais que constantemente lucram com desafios perigosos sintam-se responsáveis pelos possíveis incitamentos a comportamento de risco.   Pode-se chegar aos seguintes questionamentos: as leis estabelecidas pelo ECA estão sendo cumpridas na internet? O marco civil da internet estabelece leis realmente efetivas nesses casos ou alguns pontos ainda precisam ser revistos? As plataformas de vídeo têm políticas de privacidade e idade realmente efetivas? Alguma medida está sendo pensada como forma de prevenir outros acidentes no Brasil? Onde estão as políticas públicas de proteção às crianças e adolescentes na internet?   O que se tem conhecimento é que, diariamente, vídeos com conteúdo perigoso são lançados nas redes e alcançam milhares e milhares de visualizações, vários são monetizados e crianças e adolescentes estão recebendo e consumindo esse tipo de conteúdo, algumas delas estão replicando, outras estão se acidentando e, lamentavelmente, só tomamos conhecimento das fatalidades quando chegam a grande mídia.   Não há restrição expressa no Marco Civil da Internet, apesar de muitas empresas estipularem a idade mínima de 13 anos para que alguém abra uma conta. Registre-se que não se deve negar às crianças o acesso à tecnologia, visto que as mesmas pertencem à geração dos “nativos digitais” e excluí-las representaria uma desvantagem em seu desenvolvimento.   Por isso, é essencial que as crianças e adolescentes utilizem os serviços da Internet com uma adequada supervisão dos pais e cuidadores, usando ferramentas de segurança e educando para o uso positivo para se navegar com segurança.[:]

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[:pt]Homem Pateta ataca novamente: crianças são vítimas preferenciais[:]

[:pt] Figuras que estimulam atos de violência e brincadeiras perigosas apavoram os pais   O período de isolamento social, em função da Covid-19, trouxe de volta a figura fictícia do Homem Pateta, motivo de insônia para muitos pais. Trata-se de uma personalidade online que incentiva brincadeiras perigosas e violentas.   Com a pandemia, o tempo que as crianças passam na internet aumentou e, assim, o consumo de conteúdo impróprio nas plataformas sociais. De acordo com levantamento do AppGuardian, aplicativo de controle parental, crianças de 5 a 15 anos passam, em média, 25 horas por mês no YouTube. O excesso, refletido em dependência ou má utilização, pode provocar problemas como ansiedade, sedentarismo, transtornos mentais e de alimentação, conforme a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).   Caso de vítima fatal alerta profissionais da saúde e educação   Em 2014, o adolescente Dimitri Jereissati, 16 anos, perdeu a vida ao participar de uma “brincadeira” online, conhecida por “jogo do desmaio”. Com isso, foi criado, em Fortaleza (CE), o Instituto Dimicuida, na tentativa de preservar a vida de outros jovens e conscientizar pais e responsáveis sobre os perigos da rede.   “Foi necessário conhecer mais sobre esses conteúdos e problemas para que conseguíssemos responder várias perguntas e ajudar as famílias. Começamos a investigar o comportamento de adolescentes na escola para trabalhar na prevenção; diferenciar brincadeiras saudáveis de perigosas”, explica Fabiana Vasconcelos, psicóloga do instituto.   Segundo a pesquisa TIC Kids Online Brasil 2018, divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, 86% de jovens entre 9 e 17 anos, estão conectadas no ciberespaço – o equivalente a cerca de 24,3 milhões de crianças e adolescentes. Desse total, 73% usam para comunicação e redes sociais e 77% assistem vídeos, filmes e séries. O número aumenta se reduzirmos a faixa etária para 9 e 10 anos: são 84% consumindo conteúdos audiovisuais.   A psicóloga cita dois canais do YouTube, cuja produção violenta e perigosa é responsável por parte dos acidentes com crianças. O Instituto conseguiu derrubar o do influencer La Fênix, e Fabiana destaca exemplos de práticas e discursos de proprietários do perfil: “Eles incentivavam brincadeiras como chutar uma bola, descalço (a bola pode ter arame farpado). Um dos donos desse canal me disse: ‘Meu filho não assiste meus vídeos, então cada família cuide dos seus’. Isso não condiz com o convívio em sociedade”, assevera.   Já Everson Zóio, responsável pelo canal Zoio do Dia, “mandava seus inscritos enviarem desafios criativos para serem selecionados. Um vídeo dele com o seguinte título foi bloqueado: colocar fogo no corpo e pular no rio. O youtube retirou o vídeo antes de ser postado”, exemplifica Fabiana.   De acordo com um estudo realizado pelo AppGuardian, aplicativo de controle parental, crianças de 5 a 15 anos passam, em média, 25 horas por mês no YouTube. A soma entre YouTube Kids e YouTube Go resulta em 47 horas mensais. Além disso, a pesquisa mostrou que a média de permanência no celular é de 5,7 horas por dia, de segunda a quinta-feira. Nos finais de semana, esse número aumenta para 6,9.   Além dos desafios estimulados pelos canais, o jogo Baleia Azul também ficou conhecido por provocar acidentes e muita preocupação. Trata-se de um conjunto de 50 missões extremamente perigosas e a última delas é dar fim à própria vida.   Segundo a jornalista Andrea Ramal, do G1, em 2015 uma jovem russa de 15 anos se jogou de um prédio; depois, outro adolescente se jogou na frente de um trem. No Brasil, casos em Mato Grosso e na Paraíba foram investigados, envolvendo vítimas da mesma faixa etária em jogos de automutilação e suicídio.   Medidas governamentais   A psicóloga também destaca incoerência e contradições legislativas percebidas no momento em que o Dimicuida decidiu fazer contato com o Governo.   Existem Artigos do Marco Civil da Internet (Art. 19, 20 e 21) que preveem a retirada de conteúdos perigosos das plataformas digitais. Contudo, tratando-se de vídeos, os juízes precisam assistir a todos para dar o parecer definitivo. “A velocidade com que os vídeos são postados é bem maior do que a velocidade da Justiça brasileira”, aponta Fabiana Vasconcelos, psicóloga do Dimicuida.   Em relação às contradições, Fabiana cita um exemplo: “Vídeos com violação de direitos autorais são automaticamente bloqueados, já os com conteúdos perigosos têm que passar por um lento processo”.   Homem Pateta? “A responsabilidade é dos pais”   O Homem Pateta pode até intimidar e sinalizar que o perigo está próximo, mas existem duas armas letais para combatê-lo: observação e diálogo. Segundo a psicóloga Carolina Fonseca, especialista em Saúde Mental, Atendimento Familiar Sistêmico e em Psicologia Organizacional e do Trabalho, “os pais têm total responsabilidade em perceber pequenas alterações de comportamento, isolamento, marcas pelo corpo, marcas de automutilação, irritabilidade, quedas no rendimento escolar, e é essencial que eles estabeleçam um diálogo com seus filhos.”   Conforme Carolina, os perigos da internet não são silenciosos e se manifestam de diversas formas, sendo essencial que pais e responsáveis prestem atenção no comportamento das crianças e tenham em mente que a internet é um simples meio de acesso. “[..] A tecnologia pode auxiliar, mas não deve ser responsabilizada pelo o que as crianças assistem. Os pais devem verificar o histórico de busca, controlar o tempo de acesso e conversar com seus filhos e filhas para saber qual conteúdo estão consumindo”, alerta a especialista.   Para alertar as famílias sobre os sinais mais recorrentes de que algo não vai bem no tipo de acesso à tecnologia, o Instituto Dimicuida fez uma cartilha informando sobre os jogos de não-oxigenação, que são denominados “brincadeira do desmaio (choking game)”. Essa brincadeira tem causado diversos acidentes fatais de autoasfixia ou desmaios voluntários em crianças que são encorajadas por colegas e pelos vídeos presentes nas plataformas de mídias sociais. Segue trecho da cartilha com dicas direcionadas aos familiares:       Para outras informações, acesse a cartilha completa “Jogos de Não Oxigenação – Conhecer, Compreender, Prevenir”.   Publicidade infantil em plataformas sociais   A psicóloga Fabiana Vasconcelos diz existir

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[:pt]Desafio da Farinha: ‘brincadeira’ é ainda mais perigosa durante a pandemia[:]

[:pt]Popularizou-se recentemente pela internet o Desafio da Farinha: uma brincadeira em que uma pessoa faz perguntas (como “quem é o mais bagunceiro?”) e, a depender da resposta, leva o rosto de um dos participantes na farinha de trigo. &nbsp Com o advento da quarentena, o desafio viralizou e têm se espalhado Brasil a fora como forma de entretenimento. Apesar de parecer uma brincadeira inofensiva, não é bem assim. Especialistas alertam para os perigos envolvidos, como a aspiração de partículas de farinha que podem levar ao surgimento ou agravamento de uma doença respiratória, como explica o pneumologista do Hospital do Câncer de Londrina, Dr. Claudio Rezende. &nbsp “Pode ser rinite, asma ou bronquite, pneumonia de hipersensibilidade ou ainda broncoaspiração, que leva a uma infecção aguda do pulmão”, relata. &nbsp Segundo o médico, em tempos de coronavírus, o alerta é ainda maior, já que pessoas que não têm doença pulmonar pré-existente podem acabar desenvolvendo e, com isso, passar a fazer parte do grupo de risco. Pacientes que já possuem doenças do trato respiratório também precisam ter cuidado redobrado nesse momento. &nbsp “É importante que essas doenças estejam controladas. Quem tem asma precisa estar com as medicações bem otimizadas, quem tem uma bronquite crônica, rinite, precisa estar bem tratado e sem sintomas, para que, caso venha a desenvolver uma doença, incluindo uma infecção pelo novo coronavírus, ela não seja tão grave assim”, orienta. &nbsp E os perigos do Desafio da Farinha vão além do aspecto clínico. A “brincadeira” pode não ter um desfecho tão legal e criar mais casos de doentes respiratórios, o que, consequentemente, leva mais pessoas a buscar assistência hospitalar. Os casos mais graves podem inclusive exigir a utilização de respiradores, equipamentos tão importantes e escassos no sistema de saúde brasileiro. &nbsp &nbsp Via: Redação Bonde com Assessoria de Imprensa[:]

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[:pt]O Instituto DimiCuida lança o livro Tem Perigo no Ar [:]

[:pt]O Instituto DimiCuida lança o livro Tem Perigo no Ar com o objetivo de alertar crianças e adultos sobre o perigo das brincadeiras que envolvem a respiração.   Voltado para crianças de 05 a 11 anos, o livro mostra de forma lúdica como nosso cérebro precisa de oxigênio para funcionar bem.   Editado pela Vieira&Lent em parceria com o Instituto DimiCuida, o livro alerta crianças e adultos sobre o perigo de brincadeiras que envolvem a respiração (“parar de respirar”). Mostra como nosso cérebro precisa de oxigênio para funcionar bem. E de que forma o bom funcionamento do nosso corpo fica comprometido quando ele não recebe a quantidade necessária de oxigênio. Por conta da gravidade das sequelas, o objetivo do livro é esclarecer crianças, jovens, pais e educadores sobre como lidar com essas brincadeiras perigosas. Nesses casos, enfrentar os desafios, é assumir sérios riscos, até de morte, e não prova de coragem.   Juntos podemos salvar muitas vidas! Prevenir é a solução.   Para adquirir e conhecer mais sobre o livro, acesse: http://temperigonoar.com.br/  [:]

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[:pt]Jogo da asfixia, quando “brincadeiras” matam [:]

[:pt] As famílias, já naturalmente preocupadas com a segurança dos filhos, agora se deparam com mais um sinal de alerta que põe em risco a vida de crianças e adolescentes. Se trata do jogo da asfixia, também chamado desafio do desmaio, que pode causar graves sequelas à saúde e a irremediável morte de jovens que poderiam ter um futuro brilhante. Uma “brincadeira” que matou o brasileiro Isaque, de apenas 16 anos, encontrado morto por sua mãe – havia se enforcado com um cinto. Ocorrido nos Estados Unidos, é um dos mais recentes casos os quais demonstram que as brincadeiras atuais fogem da recreação e estão além do pular cordas e esconde-esconde.   A verdade é que a vítima, infelizmente, não é apenas o jovem e sim toda a família que seguirá a vida com a marca de um desafio mortal. Com bravura e amor, os entes familiares de Isaque se mobilizam para trazer ao público mais informações sobre o tema, para evitar que outros pais e mães chorem a morte precoce de jovens. E, pior, o mal uso da internet e das redes sociais servem como catalisador para que a prática se alastre mundo a fora, inclusive no Brasil onde já se registram mortes por conta do choking game.   A palavra desafio tem de ser um sinal de alerta para pais e professores. As brincadeiras perigosas são realizadas na maior parte da vezes por meninos, de 13 a 19 anos de idade. A busca de uma suposta mistura de euforia e prazer é feita pelos jovens como forma de desafio, de ruptura de fronteiras, visto que a maioria deles desconhecem as consequências e as sequelas daqueles que sobrevivem aos jogos mortais.   Além da morte, as brincadeiras perigosas acarretam em sequelas como cegueira – permanente ou temporária, convulsões, epilepsia, parada cardiorrespiratória, paraplegia e, até mesmo, incontinência para urinar e evacuar. Por isso, os pais devem estar atentos aos sinais que poderão indicar que o filho participa destes tipos de jogos mortais como dores de cabeça frequentes, sinais de vermelhidão e marcas no pescoço, irritabilidade diária ou frequente, bem como olhos vermelhos.   A medida preventiva mais imediata é monitorar constantemente o que os filhos fazem na internet, até para conhecer melhor seus pensamentos, expressões, amigos e quais práticas aderem. Monitoramento não é invasão de privacidade; monitoramento é atenção constante não apenas no ambiente virtual, mas nos detalhes do convívio cotidiano. O diálogo e a observação constante trazem importantes dados e informações aos pais que poderão apurar, de forma preventiva, se o filho participa de brincadeiras perigosas, se é agressor/vítima de ataques físicos ou virtuais ou ainda, evitar que os jovens se envolvam com pedófilos, criminosos ou traficantes nos aplicativos de comunicação instantânea ou na Dark Web.   Se o tema em pauta é um jogo, é cabível lançar aos pais um desafio: CHEGA DE MIMIMI! O desafio é tratar o jovem como um ser humano pensante e não como um bibelô de cristal. Precisamos de mais diálogo olho no olho, mais NÃOS, mais vigilância. O adolescente é inteligente o bastante para compreender as sequelas das brincadeiras perigosas e o adulto precisa de inteligência emocional para transmitir as informações de forma correta, precisa e sem rodeios. O medo de traumatizar a criança pode ser a causa de um enterro precoce.   – Por Ana Paula Siqueira Lazzareschi de Mesquita     Fonte: O Nortão.[:]

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[:pt]Saiba como agendar uma Prevenção dos Jogos de Não-Oxigenação para sua Instituição[:]

[:pt]  Promovemos e participamos permanentemente de palestras e eventos educativos para informar, esclarecer e conscientizar profissionais ligados à área da saúde, educadores, pais, crianças e adolescentes sobre as brincadeiras perigosas.   Caso queira agendar uma Prevenção para Jovens ou Adultos, escolha e preencha o formulário de acordo com o seu interesse.   Prevenção para Jovens  Para agendarmos, você terá que preencher o formulário dizendo quantos grupos, faixa etária e ter em mente que fazemos no máximo dois grupos por turno. Cada grupo deverá ter, no mínimo, um acompanhante adulto da escola que conheça os participantes. Sem custos para o município de Fortaleza, para outros municípios e fora do estado, transporte e estadia (se for para mais de um dia). Clique AQUI     Prevenção para Adultos  Para agendarmos, você terá que preencher o formulário informando o público alvo e sua atuação, quantos participantes e quem será o responsável solicitante. Não há número máximo de participantes para capacitação adulta. A prevenção para adultos geralmente dura 2h. Sem custos para o município de Fortaleza, para outros municípios e fora do estado, transporte e estadia (se for para mais de um dia). Clique AQUI     O Instituto DimiCuida é uma entidade sem fins lucrativos, caso você queira ajudar, ficaremos muito felizes com a sua contribuição: Instituto DimiCuida Banco Bradesco – 237 Ag: 0452-9 C/C: 11899-0 CNPJ: 022.498.502/0001-27[:]

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[:pt]Brincadeiras Perigosas – Quando o barato representa risco de morte[:]

[:pt] As “brincadeiras” ou “desafios” de não oxigenação, atividade desconhecida por pais, educadores e profissionais de saúde, tornam-se cada vez mais frequentes entre crianças e jovens. Na única pesquisa existente no Brasil sobre essa prática, 49% das crianças e jovens entrevistados já experimentaram e podem ser praticantes. A “brincadeira” começa com a pressão de pares e a necessidade de pertencer a um grupo. Os grupos têm como reduto os esconderijos de escolas e ignoram os sérios riscos e as consequências, por vezes irreversíveis.   A atividade pode tornar-se um hábito e gerar sintomas físicos que comprometem o bem-estar do jovem, mas que não são compreendidos como tal, justamente por não serem reconhecidos por pais e profissionais. A repetição da prática desencadeia um quadro clínico de sintomas como irritabilidade, olhos vermelhos, manchas no rosto, ao redor das pálpebras, fortes dores de cabeça, marcas no corpo, principalmente na área do pescoço. De um a três minutos sem oxigênio, com a interrupção da circulação para a irrigação do cérebro, pode ocorrer a perda da consciência e, por consequência, quando não leva a óbito, sequelas tais como cegueira, surdez, paralisia, dentre outras. A grande incidência de morte acontece quando, instigado pela curiosidade, o jovem entre 12 e 13 anos decide tentar a atividade sozinho e sofre uma parada cardíaca.   Quando se anuncia a morte de um jovem pela prática, no imaginário do leigo, elabora-se o perfil de um jovem com personalidade suicida. Vêm à mente a depressão e o isolamento. Porém, muito ao contrário do que se imagina, o perfil de um praticante de jogos de não oxigenação destoa das tendências suicidas. A experiência reportada por alguns desses jovens descreve uma sensação percebida como euforia, e eles desconhecem que, fisiologicamente, a última se constitui como a morte de células neuronais. Pesquisas indicam ainda que não existe um perfil definido, sendo possível seduzir jovens de diversas faixas etárias, de qualquer raça e grupo social. Compactuando com o caráter secreto da prática, está o vilão: a internet. Jovens têm acesso rápido, fácil e em tempo real a informações (verdadeiros tutoriais) sobre como praticar os referidos desafios. Pais podem até construir barreiras e impor limites de acesso a sites e mídias sociais dentro de casa (o que seria recomendado), mas o mundo oferece outras possibilidades de acesso: a escola, casa de amigos, wi-fi em ambientes públicos. As portas de casa, antes seguras e capazes de proteger nossos filhos, não barram a rede, o mundo virtual, que apesar da usual terminologia, é real. Ficam todos à mercê do contato com inúmeras ofertas de desafios e dos mais variados tipos, como o do Kylie Jenner, do Choking Game, da camisinha, do sal e gelo, das 72 horas (Game of 72), do fogo, entre outros, apelando assim para o impulso adolescente de existir na borda, para a necessidade complexa de se pôr à prova, com o adicional agravante de um mundo real elaborado com uma educação voltada para a constante competição, elemento que os invoca a demonstrar ainda mais coragem.   Entre as necessidades do brincar está a de repetir a brincadeira, de procurar dominar o fazer até se sentir mestre. No brincar, estaria também a elaboração psíquica de se constituir como sujeito das ações. Enquanto o adolescente busca o seu limiar de existência no social, estaria aí a ser pressionado pelas demandas de uma sociedade julgadora da sua “performance”. O jovem, mesmo circundado de uma experiência familiar positiva, vê-se nesse trajeto, sendo impulsionado para o centro da competição, tendo um menu de desafios instigantes que oferecem esse lugar. Ele precisaria de um saber de si para além das demandas sociais, valores que qualificam a sua existência dentro dos limites, já que a família se torna o elemento de diferenciação na adolescência. Porém, enquanto as diretrizes de educação estiverem voltadas para a corrida pelo primeiro lugar e a formação de jovens se mantiver enraizada nessa ideologia, as brincadeiras perigosas só tendem a se manifestar de forma mais contundente, propondo um espaço para que a grande maioria, quando “sobrevivente”, se sinta campeã de desafios, sem compreender as implicações que elas podem trazer a curto, médio e longo prazos.   Para os que acreditam que esse tipo de atividade não põe em risco a vida de crianças e adolescentes no Brasil, é hora de despertar. As ocorrências que vão sendo silenciosamente vividas por famílias existem. A oportunidade de repensar os modelos educacionais, o controle da propagação e divulgação de comportamentos e atividades de risco, o modo de prevenir que mais uma criança ou adolescente venha a se testar no limite acontece quando o mudo se pronuncia, quando o silêncio é quebrado, apesar da dor, quando alguém diz “basta” e toma para si o bem comum. Assim se dá a mudança para um existir que não só protege a vida de muitos, mas aponta para o que precisa ser modificado. Não seria demais acreditar em ações que atentem para a formação de jovens, questionem o acesso desmedido da informação virtual e voltem os olhares para a compreensão de que cada vida, uma a uma, é de valor imensurável. São urgentes as iniciativas de prevenção, que estimulem o andar de escolas e famílias de mãos unidas, priorizando exaustivas e criativas campanhas de conscientização e educação em favor da manutenção da vida de crianças e adolescentes.   Sob o ponto de vista legal, é certo que, de acordo com a legislação civil brasileira, compete aos pais criar e dirigir a educação dos filhos, o que enseja o seu inequívoco dever, inclusive moral, de acompanhar os passos de seus rebentos, seja no mundo online, seja no off-line. Mas pergunta-se: que pai/ mãe consegue estar 100% do dia acompanhando as atividades de seu filho? Onde está o manual atualizado dos novos “desafios” da criação e educação? Até pouco tempo atrás, olhos vermelhos indicavam possíveis sinais de uso da maconha, fortes dores de cabeça poderiam indicar necessidade de óculos, má alimentação, poucas horas de sono ou, quem sabe, já trazendo para os tempos de internet, horas

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[:pt]Sergipe participa do 2º Colóquio Internacional sobre Brincadeiras Perigosas no Ceará[:]

[:pt] Por Herieta Schuster   Uma nova moda tem causado preocupação aos pais e profissionais da saúde: as brincadeiras perigosas que jovens e adolescentes estão realizando no Brasil e em países como África do Sul, França e Estados Unidos. São diversos tipos de atitudes que visam reduzir a oxigenação cerebral e, consequentemente, uma sensação de euforia, tontura, parada respiratória, desmaio, podendo chegar até a morte. Pensando em promover uma discussão e troca de informações sobre esse tema, o Instituto Dimicuida, formada por voluntários e familiares que perderam jovens em consequência dessa brincadeira, promoveu, em Fortaleza o 2º Colóquio Internacional sobre Brincadeiras Perigosas, cujo objetivo foi orientar professores e profissionais da saúde sobre a prevenção dessas práticas e mostrar suas consequências. Várias brincadeiras perigosas sempre existiram, porém, com a fácil e instantânea divulgação nas redes sociais e internet, estão se tornando um grande problema para as famílias, escolas, saúde pública e até para a área policial. Com o intuito de promover um debate sobre o assunto, buscando a prevenção para essas atitudes dos jovens, a Secretária do Estado da Saúde, através do médico sanitarista, Almir Santana, foi convidada para ministrar uma conferência  sobre a “Fisiologia da Respiração e os Jogos dos desmaios, e a consequência a sua saúde. “Sergipe foi convidado porque foi o primeiro Estado a abordar o tema “Brincadeiras Perigosas  nas escolas” e queremos levar esse debate para as escolas Sergipanas. Essa  é uma causa que abracei voluntariamente” , relatou  Almir Santana.   Brincadeiras Perigosas   Essa brincadeira consiste em ser desafiado a perder a respiração e a oxigenação cerebral ao ponto do desmaio. O objetivo da prática seria a busca de uma sensação de euforia ou alucinação. A busca é típica da adolescência: experimentar, desafiar e pertencer a grupos e práticas em busca de recompensa subjetiva. A prática, disseminada como inofensiva, torna-se um fator de curiosidade entre grupos, principalmente nas escolas. A experimentação ocorre em sua maioria pela pressão de amigos e sem consciência das possíveis sequelas da prática e do risco de morte. O médico Almir Santana chama atenção para que os pais fiquem atentos ao comportamento dos filhos. “Os pais precisam acompanhar mais os filhos, observando as mudanças súbitas de comportamento, bem como as alterações físicas do jovem ou adolescente. Os professores e coordenadores das escolas também precisam estar atentos às brincadeiras nos intervalos e o que está circulando nas redes sociais que envolvem os alunos. A internet e redes sociais, sem acompanhamento de pais e educadores, são grandes disseminadores das brincadeiras perigosas”, esclarece o sanitarista Almir Santana. Ele também chama atenção para que os profissionais da saúde fiquem atentos às situações que aparentemente parecem suicídio, mas podem ser consequências dessas brincadeiras perigosas. ”É preciso atenção especial às chamadas para atendimento de jovens que passaram mal quando estavam em grupo, brincando com colegas. Os Institutos de criminalística nacionais e profissionais do IML devem ficar atentos às situações consideradas Suicídios que envolvem jovens e adolescentes. Eles podem ter ido a óbito pelas chamadas Brincadeiras de não oxigenação”, alerta o médico  Almir Santana.   Fonte: Secretaria do Estado da Saúde – SE [:]

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[:pt]Responsabilidade e vulnerabilidade – compartilhar vídeos[:]

[:pt] A opção de compartilhamento em redes sociais como Facebook e WhatsApp é uma “mão na roda” para pessoas que gostam de dividir momentos com amigos e familiares. Inicialmente, ao contrário do Facebook, o compartilhamento do WhatsApp acontecia individualmente. O que não impedia desse material circular, porém era algo mais demorado e “trabalhoso”. Agora, com a possibilidade de se montar grupos, uma foto, por exemplo, pode estar na mão de dezenas de pessoas em questão de segundos. Uma mãe orgulhosa pode compartilhar o vídeo dos primeiros passos do seu filho no grupo, com membros de sua família, pouco tempo depois da ação do bebê. Contudo, é possível também que um vídeo de conteúdo nocivo seja divulgado em grupos que possuem adolescentes e até mesmo crianças, sem nenhuma censura. É o que acontece muitas vezes com vídeos das práticas das brincadeiras de não-oxigenação.   Alguns grupos são compostos apenas por adolescentes, como de uma turma da escola ou do condomínio onde vivem. Outros podem conter tanto adolescentes como adultos, podendo ser grupos de família ou até mesmo grupos que tenham como objetivo conversar sobre um interesse em comum, sendo um artista, filmes, livros, entre outros temas. Os membros desses últimos citados muitas vezes ficam sabendo da existência dos grupos graças à divulgações em outras redes sociais, como o Facebook. Postam seus números de telefone e, após isso, são inseridos. O perigo desses grupos é que geralmente não existe nenhum requisito para fazer parte: se há interesse, publica o número do telefone e minutos depois já pode ser membro.   Mas qual é o problema então desses grupos se tem como tema assuntos tão inofensivos como filmes, livros e artistas? O problema é que muitas vezes o grupo perde o foco. Começa com uma foto de “bom dia” aqui, um áudio engraçado ali, um vídeo que está fazendo sucesso na internet acolá. Com isso, a probabilidade de vídeos com conteúdos de crianças e adolescentes praticando brincadeiras de não-oxigenação serem compartilhados e ficarem disponíveis nos smartphones desses membros é enorme. A facilidade de acesso dos jovens a esses vídeos proporciona curiosidade e interesse na atividade, levando, assim, à prática.   É essencial que adultos que fazem parte desses grupos ou que tenha acesso a esses vídeos de alguma forma, denunciem e alertem do quão perigoso é o compartilhamento dos vídeos onde há explícita a atividade, influenciando outras crianças e adolescentes e, consequentemente, pondo vidas em risco.       Texto por: Ana Beatriz Medeiros Colaboradora voluntária e estudante da Fanor.    [:]

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Hipóxia – sequelas. Conhecer, Entender, Prevenir

Ao se submeter ao jogo do desmaio, a criança ou jovem não consegue visualizar o que está acontecendo nesses segundos sem ar. Sem a imagem, não se concebe as consequências, não se pesa os riscos e não se sabe do limiar entre estar bem e viver em estado vegetativo. Sem oxigênio, mesmo que por alguns segundos, pode levar o cérebro à sequelas irreversíveis. Adultos e jovens precisam conhecer mais profundamente o que acontece numa hipoxia.   De acordo com estudos em medicina, a redução do teor de oxigênio presente no sangue pode levar à sequelas de funcionamento neuronal, como dificuldade de concentração, perda da memória de curto e longo prazo, cegueira parcial, temporária ou permanente e incapacidade mental, além da morte. Mais detalhadamente, um grupo de médicos, psicólogos e psicoterapeutas americanos compôs uma síntese compreensivos da falta de oxigenação: “Quando o oxigênio é severamente limitado ou ausente durante longos períodos de tempo, o corpo entra em coma. Se você estiver em coma, você está inconsciente e não responde a estímulos tais como o ruído ou dor. Outros não serão capaz de acordá-lo, e você não vai executar qualquer ação voluntárias. Se o suprimento de oxigênio é recuperado, você pode recuperar o suficiente para acordar de um coma, mas os danos cerebrais permanentes provavelmente terão ocorrido.   Cognitivas, alterações comportamentais e de personalidade Os componentes da personalidade residem no lobo frontal do cérebro e quando hipoxia cerebral provoca danos no lobo frontal, alterações de personalidade podem ocorrer. Depois de um acidente vascular cerebral, por vezes entes queridos relatam que a vítima de derrame é “como uma pessoa diferente.” A gravidade das alterações está relacionada com a gravidade da hipóxia. acordo com o Instituto Nacional de Desordens Neurológicas e alterações da borda, cognitivas e comportamentais também pode ocorrer após lesão cerebral associada com a hipoxia. Tais mudanças podem incluir diminuição da atenção, julgamento pobre e perda de memória.   Habilidades Motoras Um sintoma geralmente reconhecido como hipoxia cerebral é a perda de habilidades motoras ou de coordenação adequadas. O cerebelo é responsável por grande parte do nosso movimento coordenado e pelo o equilíbrio. A morte celular pode conduzir a movimentos bruscos e outros problemas motores.   Batimentos Cardíacos Quando o cérebro não está recebendo oxigênio suficiente, a freqüência cardíaca aumenta, na tentativa de entregar mais oxigênio. Se a hipóxia é grave o suficiente, o coração não será capaz de manter-se devido a demanda e pode eventualmente falhar, causando um ataque cardíaco.   Desmaio Níveis de oxigênio no cérebro pode, por vezes, de repente cair, de tal forma que os seus processos corporais não essenciais são desligados, permitindo que as funções vitais do cérebro continuem. Desmaio é o resultado. Sintomas como tonturas, náuseas e uma sensação de calor pode preceder desmaios, de acordo com a Clínica Mayo.   Morte Encefálica O eventual resultado de hipóxia grave, se não for revertida, é a morte cerebral. De acordo com a Associação Americana de Enfermeiros de Terapia Intensiva, a morte encefálica é determinada por um paciente demonstrando coma, a ausência de resposta à dor, a falta de todos os reflexos dos nervos cranianos e apneia, ou uma falha de respirar independente de máquinas.”   Mais recentemente, o pesquisador Jair Ribeiro Chagas publicou artigo científico acerca do estudo da hipoxia que levaria a doença de Alzheimer. Ele afirma que: “A hipóxia é um fenômeno caracterizado pela redução do teor de oxigênio presente no sangue e está relacionada a diversas patologias, entre elas a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS). Suas conseqüências ainda não são totalmente esclarecidas, mas as evidências da literatura mostram que a hipóxia tem consequências bioquímicas com reflexos em aspectos comportamentais e importantes conseqüências em diversos sistemas, principalmente no sistema nervoso central, respiratório e cardiovascular. Hipóxia e idade parecem ser fatores bastante correlacionados no desenvolvimento da doença de Alzheimer. A neprilisina (NEP, EC 3.4.24.11) é uma metaloprotease, presente em vários tecidos do corpo, como rins, intestino, pulmão, cérebro, entre outros. Recentemente, foi demonstrado que uma das suas principais atividades no Sistema Nervoso Central é a degradação do peptídeo Beta Amilóide (A²), um dos responsáveis pelo surgimento e agravamento da Doença de Alzheimer.”  (Avaliação do efeito da hipóxia na expressão e atividade da neprilisina (EC 3.4.24.11), uma protease envolvida na Doença de Alzheimer, 2014)   Visto as sérias consequências da falta de oxigenação no cérebro, o “jogo do desmaio” e outras práticas de não-oxigenação podem ser consideradas letais para a saúde. É aconselhado que pais e professores conheçam o assunto e saibam usar a informação para prevenir a prática.    

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